Açoriano Oriental
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Bis de Liedson aproxima Sporting de FC Porto
O Sporting venceu o Nacional por 2-1, em jogo da 16ª jornada da Liga de futebol, mas foi preciso entrar Liedson para dar à equipa o que lhe faltou até aí: eficácia na finalização.
Bis de Liedson aproxima Sporting de FC Porto

Autor: Lusa/Aonline

Bastaram dois minutos para o “levezinho” operar a reviravolta no marcador, ao surgir ao segundo poste a finalizar um pontapé de canto cobrado por João Moutinho e desviado por Izmailov, assinando o segundo golo.

Doze minutos depois aumentou a vantagem: cruzamento de Miguel Veloso do flanco direito e Liedson a fazer um grande golo, com a simplicidade dos grandes goleadores.

Na primeira parte, Hélder Postiga teve nos pés duas excelentes oportunidades de golo, mas em ambas fez o que costuma fazer: cabecear ao lado e por cima.

De resto, os “leões” tiveram na primeira parte um caudal de jogo ofensivo que justificava melhor do que o 1-1 que se registava ao intervalo, até porque o Nacional marcou aos 24 minutos no seu primeiro lance de ataque articulado.

Um minutos depois, o esquerdino Miguel Veloso, com o pé direito, restabeleceu o empate, e a equipa não chegou a acusar o golpe psicológico do golo de Ruben Micael.

Aliás, Miguel Veloso está realmente a atravessar uma fase de grande fulgor, voltou a marcar e dar a marcar, respira confiança e formou com João Pereira e Liedson o trio mais influente dos “leões”.

Bem vista se revelou a opção de Carvalhal em colocá-lo à direita, de onde o efeito que imprime à bola quer nos cruzamentos quer nos remates são uma “arma” a explorar.

Até aí o Sporting mandara no jogo, assumindo a sua despesa, pressionando, variando jogo, imprimindo agressividade às suas acções atacantes, perante um Nacional que ao optar por três centrais condenou a equipa a jogar com o bloco defensivo muito baixo e os outros sectores sempre muito distantes da área “leonina”.

A favor de Jokanovic o facto de se debater com várias lesões em jogadores importantes, dos recentes reforços contratados no Brasil ainda não estarem operacionais, e de se ter cruzado com o melhor Sporting da época, como ele próprio referiu antes do jogo.

Ao contrário do que sucedia há algumas semanas, o Sporting consegue manter um ritmo e uma dinâmica de jogo constantes, sem quebras significativas, os seus movimentos colectivos já saem com fluidez e naturalidade, os jogadores denotam claramente mais confiança e menos receio em falhar.

Este é realmente o Sporting mais forte da época, mas é preciso notar que o futebol praticado pela equipa tinha descido a um nível tão baixo que só podia subir, para além de que já era tempo dos jogadores começarem a dar sinais de assimilar as ideias do novo treinador.

Mais ainda quando o Sporting recuperou um jogador com a influência de Izmailov, que estivera lesionado, e contratou um bom lateral direito, que veio preencher uma lacuna de há anos do plantel e imprimir uma dinâmica ao flanco direito que não tinha.

As coisa mudaram tanto que agora as bolas até já entram, basta lembrar quando Liedson se arrastava em campo, deprimido, sem acertar na baliza - ontem em quatro ou cinco toques fez dois golos.

O Sporting acabou por apanhar um susto por culpa própria nos últimos minutos, por facilitar no sector mais recuado, sofrendo o segundo golo na primeira vez que João Pereira foi batido, e estando à beira de sofrer o empate em dois lances de bola parada, também por mérito do Nacional que acreditou até ao fim.

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