Açoriano Oriental
Bienal cultural invade vila medieval alentejana de Monsaraz com "Memórias"
"Memórias" é o tema deste ano da bienal cultural Monsaraz Museu Aberto, a decorrer naquela vila medieval do concelho de Reguengos de Monsaraz a partir de sexta-feira, com exposições, roteiro gastronómico, música e outras atividades culturais.

Autor: Lusa/AO Online

 

O evento, promovido pela Câmara Municipal de Reguengos de Monsaraz, vai ‘tomar conta’ de Monsaraz até ao dia 27 deste mês e pretende abordar “o que de melhor se faz na cultura e nas artes do espetáculo”, divulgou hoje a organização.

A abertura desta 21.ª edição, segundo o município, decorre às 19:00 de sexta-feira, seguindo-se uma visita às exposições do festival e a apresentação do vinho “Monsaraz Museu Aberto 2014”, da Cooperativa Agrícola de Reguengos de Monsaraz (CARMIM).

A ‘banda sonora’ da iniciativa arranca, no primeiro dia, com a atuação do guitarrista e compositor Jorge Fernando, acompanhado por Virgul (vocalista dos extintos Da Weasel), Dino D’Santiago e Fábia Rebordão, num espetáculo intitulado “Descante”.

No sábado, é a vez de o grupo Uxu Kalhus e a Banda da Sociedade Filarmónica Harmonia Reguenguense atuarem na Praça de Armas, no espetáculo “Filarmónica Extravagante”, com temas do repertório folk português adaptados para orquestra de sopros e percussão.

O Grupo Coral “Estrelas do Sul” (Portel), a formação D. Laura e Vitorino, a Gala do Cante, a orquestra GuitarDrums, em conjunto com a fadista Margarida Arcanjo e o Grupo Coral do Montijo, e a Festa do Cante nas Terras do Grande Lago, combinando cante alentejano com flamenco e sevilhanas, são outros destaques da vertente musical dos vários dias do certame.

Ao longo das três semanas do festival, vão estar patentes ao público várias exposições, nomeadamente a mostra anual “O Mundo Rural – uma perspetiva socioeconómica”, no Museu do Fresco.

Esta exposição, explicou a autarquia, retrata a vida económica e social da população do concelho de Reguengos de Monsaraz, desde o século XIX.

“Artes e Ofícios Tradicionais” é o título da mostra na Igreja de Santiago, permitindo apreciar objetos e instrumentos relacionados com o vinho, os lanifícios, a olaria e os cobres.

Estes “são elementos vivos da história do concelho e constituem uma forma de reprodução material de vários modos de saber popular que contribuíram significativamente para a sua evolução social e económica”, referiu a câmara.

Pelas ruas da vila, pode ser vista a exposição de fotografia “Outros Tempos”, através da qual os visitantes vão poder “verificar os hábitos das diversas profissões que o campo ocupa, as práticas assentes no vestuário de trabalho, os rituais de descanso e as relações sociais e familiares que se promovem”.

Na zona da Torre de Menagem do castelo, vai estar patente a mostra “Memórias D’Odiana”, produzida pelo Museu da Luz e que ‘revisita’ vivências da aldeia da Luz (Mourão) e a sua relação com o rio Guadiana, antes da construção da Barragem do Alqueva.

“O Ciclo do Montado” e “Forcados” são outras das exposições do Monsaraz Museu Aberto, que integra igualmente teatro, passeios, provas e observações astronómicas.

A bienal propõe ainda, este ano, um roteiro gastronómico em 11 restaurantes da freguesia de Monsaraz.

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