Açoriano Oriental
Bento XVI não vai ao Líbano como "poderoso chefe político"
Bento XVI não vai ao Líbano "como um poderoso chefe político" e portanto não se devem esperar "grandes intervenções de natureza política" sobre a Síria e outros assuntos, indicou hoje em Roma o porta-voz do Vaticano
Bento XVI não vai ao Líbano como "poderoso chefe político"

Autor: Lusa/AO online

A deslocação de Bento XVI ao Líbano, de sexta-feira a domingo, é sobretudo a entrega de "uma exortação apostólica" aos cristãos de toda a região, referiu o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.

Pela entrega deste documento aos bispos da região, a Santa Sé pretende fazer com que “através do seu testemunho, a comunidade cristã” sirva a paz e o diálogo na região, sublinhou.

Interrogado sobre a divisão da comunidade maronita libanesa face à crise síria e sobre uma eventual mensagem mais específica do papa, o padre Lombardi respondeu que “cada um (dos cristãos no Líbano) assume as suas próprias responsabilidades”, mas que “o papa e o Vaticano não dão indicações concretas específicas para dizer aos cristãos o que devem fazer”.

Lombardi recordou os numerosos apelos feitos pelo papa aos protagonistas da crise síria para encontrarem uma solução de paz e pôr fim aos massacres.

Interrogado sobre a segurança do papa, que deverá fazer várias deslocações em “papamóvel”, o porta-voz do Vaticano afirmou que não existem “preocupações sobre um perigo” particular.

O papa encontrar-se-á, anunciou Lombardi, com os responsáveis das quatro principais comunidades libanesas (sunita, xiita, drusa e alauita), que também estarão no aeroporto para o receber.

“Não haverá encontros com o Hezbollah como grupo específico”, mas determinados membros do Hezbollah deverão estar presentes nestas delegações muçulmanas, afirmou.

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