Autor: Lusa/AO Online
O pontífice deverá chegar à ilha mediterrânica perto das 16:30 horas locais, sendo recebido pelo Presidente da República, George Abela, e pelo arcebispo de Malta, Paul Cremona.
Esta é a primeira deslocação ao estrangeiro do papa desde que foram divulgados vários casos de pedofilia no seio da Igreja católica.
A deslocação a Malta, a 14.ª viagem internacional do seu pontificado, é particularmente sensível porque também existem denúncias de abusos sexuais por parte de membros do clero deste país.
Segundo revelações recentes, 45 casos de pedofilia eclesiástica foram denunciados à Curia de Malta durante os últimos 11 anos.
Durante a visita, Bento XVI irá pronunciar um total de seis discursos, visitando sábado a gruta onde se refugiou São Paulo depois de um naufrágio há 1950 anos.
O papa celebra domingo uma missa ao ar livre em Floriana, nos arredores da capital La Valletta, numa praça com capacidade para cerca de 15 mil pessoas.
No mesmo dia, o pontífice reúne-se com cinco bispos da Conferência Episcopal de Malta e tem agendado um encontro com jovens católicos.
A deslocação do Papa à ilha foi alvo de protestos e algumas vítimas de abusos sexuais anunciaram a intenção de organizar uma manifestação ou outras ações, o que levou as autoridades da ilha a reforçarem o dispositivo de segurança.
Um grupo de vítimas solicitou, por escrito, um encontro com Bento XVI durante a sua deslocação à ilha.
O principal investigador da Congregação para a Doutrina da Fé, o maltês Charles Scicluna, divulgou sexta-feira, no Vaticano, que vai encontrar-se em junho com as vítimas maltesas.