Benfica passa com dificuldade no "exame" duro de Coimbra

Liga Zon Sagres

16 de jan. de 2011, 22:02 — Lusa/AOnline

Com este resultado, manteve-se a tradição de o Benfica vencer em Coimbra há 38 anos. No campeonato, mantém a distância de oito pontos para o FC Porto, líder da prova, enquanto a Académica, continua com 19 pontos, abaixo do meio da tabela. Na Académica, o treinador José Guilherme procedeu a quatro alterações em relação ao jogo da quarta-feira para a Taça de Portugal frente ao União da Madeira: Peiser Pedrinho, Sougou e Miguel Fidalgo entraram para os lugares de Ricardo, Pedro Costa, Laionel e Éder. No Benfica, o técnico Jorge Jesus efectuou apenas uma mexidas em relação ao jogo com o Olhanense: a entrada de Roberto para a baliza, em vez de Júlio César. As duas equipas entraram em campo com dois esquemas diferentes: enquanto a equipa da casa entrou no seu habitual 4x3x3, o campeão nacional alinhou em 4x4x2. O Benfica entrou a todo o gás, a massacrar os “estudantes” durante quase toda a primeira metade da partida. Se até aos 15 minutos, através de Rúben Amorim, Carlos Martins, Cardozo e Fábio Coentrão, a máquina “encarnada” esteve a afinar a pontaria, ela tornar-se-ia eficaz aos 19 minutos, mas de forma irregular, quando o argentino Saviola, em fora de jogo, desviou com o braço um livre direto apontado pelo paraguaio Cardozo. O pendor ofensivo da equipa da Luz manteve-se, com mais oportunidades de perigo, nomeadamente aos 23 minutos, quando Fábio Coentrão centrou pela esquerda e nem Salvio, nem Cardozo chegaram a tempo para empurrar a bola frente ao desamparado Peiser. A única hipótese do lado “estudantil” aconteceu à passagem do minuto 27, quando Nuno Valente isolou Miguel Fidalgo pela esquerda, tendo Roberto salvo para canto aquele que seria o golo do empate. O segundo caso polémico do jogo surgiria aos 35 minutos, quando o central adaptado Habib foi expulso por uma entrada dura sobre Cardozo, tendo deixado a “Briosa” reduzida a dez unidades. José Guilherme foi obrigado a mexer na equipa e tirou o elemento mais avançado, Miguel Fidalgo, fazendo entrar o central Luiz Nunes. Na segunda parte, o cenário foi bem diferente: os “capas negras” vieram com outro ânimo e, mesmo com menos um elemento, criou mais jogadas de perigo. Uma das melhores situações ocorreu aos 67 minutos, quando o senegalês Sougou ultrapassou David Luiz pela direita, cruzou e Diogo Valente chegou ligeiramente atrasado para fazer a emenda. Logo a seguir, na sequência desta jogada, Diogo Gomes atirou ao poste. Aos 74, o Benfica criou finalmente um lance de aflição na área da Académica. O argentino Aimar cobrou um canto e o central Luisão apareceu solto, cabeceando à trave. Até ao fim pouco há a acrescentar, a não ser a gestão do resultado por parte do Benfica e a expulsão já na parte final de Fábio Coentrão a ver o duplo cartão amarelo.