Autor: Lusa/AO online
“Existem muitas informações, por exemplo sinais de que combatentes terroristas estrangeiros, que estão na Síria, pretendem regressar não apenas à Bélgica mas à Europa para efetuar um ataque”, disse à televisão RTBF Paul Van Tigchelt, responsável pelo centro de crise do Governo.
Tigchelt disse que a Bélgica vai mantar o seu alerta de terror no nível 3, o segundo mais elevado, devido a uma “ameaça terrorista em todo o país” e admitindo que a ameaça é “ainda considerada séria, grave e provável”.
O inquérito aos atentados de 22 de março em Bruxelas, reivindicados pelo grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico (EI) “está a decorrer de forma muito intensa (…) mas o perigo ainda não desapareceu”, acrescentou Tigchelt.
A segurança permanece apertada em locais sensíveis como aeroportos, estações de caminho-de-ferro e centrais nucleares, disse, acrescentando que a segurança também pode ser reforçada em centros comerciais e cinemas.
Dois bombistas suicidas fizeram-se explodir no aeroporto de Bruxelas e um terceiro na estação de metro de Maalbeek, nos piores atentados registados na Bélgica.
Mohamed Abrini, o quatro bombista envolvido nos atentados mas cujo dispositivo não funcionou, foi detido em 8 de abril em Bruxelas.
Nas últimas semanas registaram-se novas detenções, com a polícia belga a tentar desmantelar uma rede ‘jihadista’ com ligação aos atentados de Bruxelas e aos ataques de Paris em novembro.
Salah Adbeslam, suspeito de envolvimento nos ataques de Paris, aguarda a extradição para França após a sua detenção no dia 18 de março em Bruxelas.