Açoriano Oriental
Bastonário dos farmacêuticos propõe alterações ao funcionamento do sistema hospitalar
O bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Maurício Barbosa, defendeu esta noite, em Angra do Heroísmo, "o abandono do regime de instalação de farmácias nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde".

Autor: Lusa/AO online

"Este modelo já demonstrou que não cumpriu nem vai cumprir nenhum dos objetivos a que se propôs", frisou Maurício Barbosa, que falava na cerimónia de posse do delegado regional dos Açores da Ordem dos Farmacêuticos.

O bastonário reivindicou ainda a "indivisibilidade da propriedade e direção técnica" das farmácias comunitárias.

"Baseados nos recentes acórdãos do tribunal europeu, que declaram, de forma inequívoca, por razões de qualidade e segurança, que a propriedade da farmácia pode ser reservada aos farmacêuticos, vamos propor ao Governo uma discussão sobre este tema", afirmou.

Por seu lado, o delegado regional da Ordem dos Farmacêuticos, João Pedro Freitas, manifestou-se satisfeito pela reeleição para um novo mandato de três anos, propondo-se dialogar com o governo regional para garantir uma boa aplicação da legislação nacional sobre propriedade das farmácias, que, na sua opinião, "deve privilegiar quem é farmacêutico".

João Pedro Freitas defendeu ainda a criação de uma inspeção regional para as farmácias, laboratórios de análises clínicas e armazenistas de medicamentos, assim como a regulamentação do licenciamento dos postos de colheita de sangue e dos laboratórios de análises.

O delegado regional da Ordem dos Farmacêuticos salientou, no entanto, que "mais de 90 por cento dos [laboratórios de análises] que operam nos Açores estão certificados", garantindo a sua qualidade.

João Pedro Freitas revelou que "decorrem negociações para a introdução nos centros de saúde do arquipélago de profissionais de farmácia", medida que visa assegurar o rigor no uso do medicamento e pode permitir uma poupança de "20 por cento nos custos".

O secretário regional da Saúde, Miguel Correia, que presidiu à cerimónia, manifestou disponibilidade para um diálogo que garanta "soluções que melhorem a qualidade e o acesso das populações aos medicamentos".

Miguel Correia, que admitiu um "novo enquadramento das farmácias" no arquipélago para este ano, salientou que o governo regional gastou quatro milhões de euros em 2009 no apoio ao acesso a medicamentos genéricos por parte dos pensionistas e dos idosos.

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