Açoriano Oriental
Banca portuguesa é "sólida" e cumpre "novos mínimos olímpicos"
O sistema financeiro português "está sólido" e vai cumprir os novos "mínimos olímpicos dos jogos financeiros" internacionais, e requer mais capital apenas para ser "ainda mais sólido", disse o governador do Banco de Portugal.

Autor: Lusa/AO online
"O sistema financeiro está sólido mas temos que ter presente essa necessidade de reforçar essa solidez, um objectivo que está em consonância com um esforço de desalavancagem das famílias e das empresas", disse Carlos Costa em Madrid.

"É sólido e quando se requer mais capital não é porque não é sólido, mas porque se quer um sistema ainda mais sólido. E o próprio sistema tem que responder a novos desafios", afirmou.

O supervisor recordou que a "nova normalidade" significa "bancos mais capitalizados, com menos risco de liquidez e com menos risco de desalavancagem", podendo ser "instrumentos úteis" para ir aos mercados de capital.

Trata-se, afirmou, de cumprir "os novos mínimos olímpicos dos jogos financeiros do futuro. Um 'back to basics'", disse.

"Felizmente que é o que os bancos em Portugal estão a fazer. Reforçar o capital, rever os activos, concentrando-se no seu 'core business' [negócio principal]. A fazer o necessário para que em 2014 possam ir ao mercado cumprindo com os mínimos que serão os novos mínimos internacionais", disse.

Carlos Costa acrescentou que o sector português está numa corrida contra a EBA (European Banking Agency) para cumprir os mínimos de 'core capital' e que, por isso, as novas regras, são ditadas pela "realidade internacional".

"A nova normalidade dos bancos vai ser mais exigente em termos de capital, de risco, de liquidez. Se pensam que é atacando os reguladores ou supervisores que se resolve os problemas estão enganados", disse.

"O supervisor está de acordo com os mínimos porque é o que temos que fazer para manter a confiança do depositante, o ativo mais importante que temos que preservar, o recurso que sustenta o investimento e a resposta às necessidades de financiamento", comentou.

Carlos Costa falava na capital espanhola onde participou num almoço-debate promovido pela Câmara Hispano-Portuguesa e a que estão associadas as principais entidades dos dois lados da fronteira.
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