Açoriano Oriental
Ban Ki-moon diz que se assiste ao "colapso do Iémen"
O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, afirmou perante o Conselho de Segurança que se está a "assistir ao colapso do Iémen" e apelou a uma ação urgente para evitar que aquele país do Médio Oriente derive para a guerra civil.
Ban Ki-moon diz que se assiste ao "colapso do Iémen"

Autor: Lusa/AO online

 

O chefe da ONU informava os 15 membros do Conselho de Segurança (CS) dos resultados da sua recente visita à Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, onde manteve conversações destinadas a "evitar uma guerra civil no Iémen".

"Deixem-me ser claro: o Iémen está entrar em colapso perante os nossos olhares. Não podemos ficar parados a observar", referiu perante o CS.

Ban pediu que seja "garantida liberdade de movimento" para o Presidente Abedrabbo Mansour Hadi e o seu primeiro-ministro, após a tomada do poder em Sanaa pela milícia xiita dos Huties, e que implicou na prática que fosse remetido a prisão domiciliária.

No fim de semana, Ban apelou ao regresso de Hadi à presidência do país, após conservações com o rei Salman da Arábia Saudita, que definiu como um "golpe" a tomada do poder pelos Huties.

O Iémen, aliado decisivo dos Estados Unidos no combate à Al-Qaida, está em convulsão desde a tomada do poder pelos Huties em setembro, e que na semana passada decidiram dissolver o parlamento e o governo.

"O Iémen está hoje numa encruzilhada, ou o país deriva para a guerra civil e a desintegração, ou o país vai encontrar uma forma de regressar ao processo de transição que foi interrompido", referiu ao CS através de uma ligação em vídeo, Jamal Benomar, enviado especial da ONU para o Iémen.

Benomar tem dirigido as iniciativas da ONU para tentar um acordo que implique o afastamento dos Huties do poder e o regresso da estabilidade possível ao empobrecido país na península arábica.

Na quarta-feira, os Estados Unidos, Reino Unido e França anunciaram o encerramento das suas embaixadas, com os funcionários da embaixada norte-americana a destruírem documentos secretos e equipamento sensível antes de se abandonarem o edifício.

Na semana passada, o CS admitiu "novas medidas" em caso de falhanço das negociações para terminar com a crise, numa ameaça velada a possíveis sanções.

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