O regulador nuclear ucraniano “informou a AIEA que nenhuma mudança foi registada nos níveis de radiação” na central de Zaporizhzhia, no sul da Ucrânia, apesar da deflagração de um incêndio após bombardeamentos russos, disse a AIEA na rede social Twitter.
Um funcionário, que pediu o anonimato, do Governo ucraniano indicou que níveis elevados de radiação tinham sido detetados perto de Zaporizhzhia, na cidade de Enerhodar, de acordo com a agência de notícias Associated Press.
O Serviço Estatal de Emergências da Ucrânia garantiu que o incêndio está “dentro das normas” e sublinhou que o fogo atingiu um edifício de formação e um laboratório, “fora da central nuclear”.
Numa mensagem colocada na plataforma Telegram, o serviço acrescentou que o sistema de energia da uma das unidades da central foi desligado como prevenção.
"O diretor da central indicou que a segurança nuclear já está garantida”, disse o chefe da administração militar da região de Zaporizhzhia, Oleksandre Staroukh.
Os bombeiros já conseguiram entrar na área da central, depois de terem também ido alvo de disparos, acrescentou o responsável, numa publicação na rede social Facebook.
A AIEA pediu o fim dos bombardeamentos na área junto à central, que é responsável pela produção de um quarto da energia da Ucrânia, e alertou "para um grave perigo se os reatores forem afetados", escreveu a organização na rede social Twitter.
O diretor-geral da AIEA, Rafael
Mariano Grossi, está em contacto com o primeiro-ministro ucraniano,
Denys Shmyhal, e com o operador da central nuclear para avaliar a
situação, acrescentou.
