Açoriano Oriental
Autonomia política é uma “conquista” e não uma “dádiva”, diz José Manuel Bolieiro

O presidente do Governo dos Açores disse esta sexta feira que a autonomia “é uma conquista” e não uma "dádiva" e que tem vindo a concertar posições com o seu homólogo da Madeira, com quem vai reunir-se numa cimeira insular.

Autonomia política é uma “conquista” e não uma “dádiva”, diz José Manuel Bolieiro

Autor: Lusa /AO Online

“Já está concertado entre nós podermos de forma sincronizada fazer a pedagogia da autonomia e da descentralização no país, o que obviamente se coloca não só no quadro da revisão constitucional, bem como no regime das finanças das regiões autónomas, com a participação no quadro da integração europeia e do direito conjunto de gestão partilhada daqueles que são elementos essenciais da presença do Estado, como é o espaço e o mar”, declarou o chefe do executivo (PSD/CDS/PPM), José Manuel Bolieiro.

O presidente do Governo Regional, que falava na residência oficial do executivo, em Ponta Delgada, após ter recebido a direção da ANIL - Associação Nacional dos Industriais de Laticínios, referiu que tanto ele como o líder do executivo da Madeira (PSD/CDS), Miguel Albuquerque, têm “bem a noção que a autonomia política não é uma dádiva, mas sim uma conquista” e que os governos insulares vão “reivindicar, de forma progressiva, conquistar ganhos autonómicos e descentralização do país”.

José Manuel Bolieiro referiu que apenas a pandemia da covid-19 tem adiado uma cimeira atlântica, presencial, que será na Madeira, tendo salvaguardado que, apesar das questões comuns, “a articulação é feita por cada um na defesa dos interesses da sua região”, uma vez que “o interesse autonómico é comum, mas as realidades especificas de cada uma das regiões são também diferentes”.

José Manuel Bolieiro considerou que os 100 dias do seu Governo, que agora se assinalam, foram “100 dias sem descanso, de grande dedicação e intensidade de trabalho para agir e reagir à pandemia de forma intensa, sem preparação, mas com sentido estratégico, responsabilidade e vocação para garantir à componente epidemiológica a sua autonomia científica”.

O presidente do Governo referiu que o executivo foi “imediatamente confrontado com um problema de acessibilidades, designadamente o risco de isolamento, por falta de preparação anterior de uma ilha (Corvo) e uma população no seu abastecimento de bens essenciais e combustível”.

Apontou ainda a “situação de risco e de sobrevivência da SATA”, a par, entre outras situações, da necessidade de avançar com medidas extraordinárias para fazer face à situação económica e social derivada da pandemia.



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