Açoriano Oriental
Autarcas de São Jorge querem Governo dos Açores a olhar para as pequenas necessidades
Os presidentes das Câmaras das Velas e da Calheta, nos Açores, querem que o Governo Regional olhe para as "pequenas coisas" na ilha de São Jorge, onde hoje o executivo inicia uma visita estatutária.
Autarcas de São Jorge querem Governo dos Açores a olhar para as pequenas necessidades

Autor: Lusa/AO Online

 

“Espero que, essencialmente, o Governo Regional olhe para pequenas coisas que São Jorge está a necessitar com urgência, que não precisa de investimentos de milhões, mas que precisa de olhar com outros olhos”, disse à agência Lusa o presidente da Câmara de Velas, único município nos Açores liderado pelo CDS-PP.

Para Luís Silveira, “numa altura em que o turismo está em crescimento na região, mas também na ilha de São Jorge e, em concreto, no concelho das Velas, é preciso melhorar muitos dos aspetos”.

“Desde logo, a manutenção das estradas regionais, dos trilhos pedestres, a falta de sinalização de informação, a falta de manutenção de boa parte dos miradouros ao longo das estradas regionais”, exemplificou, considerando que “são pequenas coisas que fazem toda a diferença e que, neste momento, precisam de ser intervencionadas”.

Para o autarca centrista, São Jorge “está bem servido de acessibilidades”, assinalando que o aeródromo está concluído e a obra do porto comercial em andamento, havendo ainda “uma ou outra obra que está contemplada” na Carta das Obras Públicas, “que faz sentido”.

O presidente da Câmara da Calheta, Décio Pereira, acrescentou que “não se pode ter os trilhos arranjados só três meses por ano” ou os “miradouros sem manutenção”.

“São pormenores que precisam de mais cuidado”, referiu Décio Pereira, considerando que não bastam infraestruturas, embora reconheça a importância das obras previstas e em curso.

O autarca apontou, ainda, a necessidade de um plano “de desenvolvimento integrado em torno das fajãs, que são não só um grande celeiro da ilha, onde se produz um pouco de tudo com grande qualidade, mas são também um cartaz turístico único”.

“Temos de olhar para isso com olhos de ver, não é só criar infraestruturas, porque senão qualquer dia só temos infraestruturas na ilha de São Jorge e não temos ninguém para as povoar”, advertiu Décio Pereira, que lidera o único município conquistado por um movimento de cidadãos independentes no arquipélago.

A ilha de São Jorge tem mais de sete dezenas de fajãs, pequenas planícies férteis junto ao mar que tiveram origem em desabamentos de terras ou lava.

O Governo dos Açores, presidido pelo socialista Vasco Cordeiro, inicia hoje uma visita à ilha de São Jorge, como determina o Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma.

Nesta deslocação, a última a São Jorge nesta legislatura, os membros do executivo açoriano vão visitar obras, empresas e instituições, têm reuniões com diversas entidades e um encontro com o Conselho de Ilha, além de receberem a população.

Os conselhos de ilha são um organismo consultivo que integra autarcas e representantes dos sindicatos e associações empresariais, além de outras entidades ligadas ao ambiente, pescas ou agricultura.

 

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