Austrália põe fim a isolamento com reabertura de último estado
Covid-19
3 de mar. de 2022, 12:26
— Lusa/AO Online
A
Austrália Ocidental, fechada há 697 dias, aplicava uma das políticas de
contenção do coronavírus SARS-CoV-2 mais rigorosas do mundo.À
chegada de centenas de passageiros a bordo dos dois primeiros aviões,
provenientes de Sydney e Singapura, ao aeroporto de Perth, capital da
Austrália Ocidental, sucederam-se momentos de emoção.“Não
posso acreditar que está aqui”, disse uma mãe à estação pública
australiana ABC, ao receber a filha que não via há quase dois anos,
devido ao encerramento decretado em 05 de abril de 2020.Durante
o dia, está prevista a chegada à Austrália Ocidental de 22 voos
domésticos e cinco internacionais, num total de cerca de cinco mil
pessoas, que deverão apresentar as duas doses da vacina contra a
covid-19, no caso de chegarem do estrangeiro, e três doses caso venham
de outra zona do país.Todos os passageiros
devem preencher um formulário de viagem e submeter-se a um teste de
antigénio, no prazo de 12 horas desde a chegada, reportando
posteriormente às autoridades o resultado. Os australianos não vacinados
devem submeter-se a uma quarentena obrigatória de sete dias.A
reabertura do estado da Austrália Ocidental, que se dá quase quatro
meses depois do país ter começado a relaxar o encerramento das
fronteiras, no dia 01 de novembro, devia ter ocorrido em 05 de
fevereiro, mas foi adiada devido ao aparecimento da variante Ómicron.A
severa política aplicada pelas autoridades do estado foi muito
criticada por regiões como a Nova Gales do Sul, assim como pelo Governo
de Camberra e pelo setor empresarial, que defendiam um rápido regresso à
normalidade.Os críticos consideravam que
se estava a dividir o país, causando frustração às famílias, passageiros
e empresas, e a atrasar a retoma económica, mas o responsável pelo
Governo regional Mark McGowan defendia que se estava a proteger 2,5
milhões de pessoas da covid-19.A Austrália
totaliza quase 3,3 milhões de infeções por covid-19 desde o início da
pandemia, das quais mais de 19.500 foram anunciadas hoje, além de mais
de 5.300 mortes.O país conta com 95% da população com mais de 16 anos vacinada com duas doses e 80% com o reforço.