A iniciativa é do empresário madeirense João Nascimento, que já criou uma empresa nos Açores para gerir o comércio de tunídeos no arquipélago, tendo em vista a sua posterior venda nos mercados europeus.
O empresário, em declarações aos jornalistas, salientou que a vinda do navio 'Princesa Guasimara' para os Açores está relacionada com a “exigência dos mercados europeus”, que pretendem adquirir atum em excelentes condições de congelação.
“Neste momento, os porões do navio estão carregados com cerca de 210 toneladas de atum, conservadas a 60 graus negativos”, afirmou, acrescentando que esta capacidade de congelação “é superior” à que existe nos entrepostos frigoríficos do arquipélago.
O empresário frisou que os Açores “não têm falta de equipamentos de refrigeração”, mas reconhece que os que existem apenas servem para congelar o atum que se destina às fábricas de conservas.
Nesse sentido, salientou que, quanto melhor for a capacidade de congelação do atum, melhor é a qualidade do pescado e, consequentemente, melhores podem ser os preços de venda praticados nos mercados europeus.
Até agora, o navio de refrigeração tem estado ancorado junto à ilha do Faial, mas também tem autorização para se deslocar a outras ilhas do arquipélago para recolher atum voador, que é a espécie mais procurada nesta época, e atum patudo, espécie que começa agora a aparecer em maior número no mar dos Açores.
Pescas
Atum recolhido devido à falta de capacidade de armazenamento
Um navio de refrigeração com bandeira do Panamá está ancorado há duas semanas na Baía da Horta, no Faial, a recolher atum capturado por embarcações açorianas para dar resposta à falta de capacidade de armazenamento nos Açores.
Autor: Lusa/AO online
