Autor: Lusa/AO online
George Brandis, o procurador-geral australiano, confirmou que o autor de um atentado suicida em Bagdade, perpetrado dia 17, é um cidadão australiano.
Segundo a imprensa australiana, o jovem foi batizado como Abu Bakr al-Australi pelo Estado Islâmico (EI), um grupo jihadista sunita que se ocupou de vastas extensões de território iraquiano após uma forte ofensiva lançada no passado mês de junho.
Al-Australi tinha abandonado Melbourne em 2013, dirigindo-se à região iraquiana tomada pela violência.
"É um desenvolvimento inquietante e um novo exemplo da perigosa e volátil situação que se vive de momento no Iraque", declarou o procurador-geral australiano num comunicado.
"O governo deplora os atos violentos realizados pelo EI e outros grupos extremistas no Iraque e na Síria, e a implicação de cidadãos australianos nas suas atividades é profundamente inquietante", adicionou Brandis.
No comunicado acrescenta-se que este foi o segundo australiano autor de um atentado suicida no Iraque ou na Síria, sem revelar mais detalhes.
Em junho, a ministra dos negócios estrangeiros australiana, Julie Bishop, estimou que perto de 150 australianos dotados de dupla nacionalidade participam em combates e atos terroristas com os rebeldes sunitas.
Para Brandis "a participação de australianos nos conflitos na Síria e no Iraque posa um verdadeiro problema de segurança interior, pois os implicados nestes combates podem voltar ao país trazendo com eles a violência de lá".
Na Europa os representantes de nove países adotaram em julho deste ano um plano de ação para identificar jovens europeus que decidam participar em combates na Síria e impedi-los de viajar para o país, sendo que os meios para a realização do plano se mantêm confidenciais.
O objetivo desta medida europeia é identificar jovens que se prestem a participar nos combates na Síria, de os sinalizar a outros países da união europeia, tornar a sua partida difícil, segui-los após o seu regresso e eventualmente detê-los.