Autor: Lusa/AO online
Das últimas cinco sondagens publicadas, quatro dão vantagem à permanência na UE no referendo de 23 de junho.
Um estudo da empresa Ipsos para o diário Evening Standard contabilizou 55% de inquiridos favoráveis à permanência, contra 37% que defendem a saída do bloco europeu, uma diferença de 18 pontos percentuais que é a maior registada desde a convocação do referendo, em fevereiro passado.
Na terça-feira, uma outra sondagem, da empresa ORB para o Daily Telegraph, registava uma vantagem de 15 pontos percentuais para a manutenção na UE, com 55% dos inquiridos pelo “sim” à UE e 40% pelo “não”.
Numa anterior sondagem da mesma empresa, o “sim” registava menos quatro pontos percentuais (51%) e o “não” mais três (43%).
Também na terça, uma sondagem do instituto YouGov para o diário The Times dava 44% à campanha pela permanência e 40% à campanha pela saída, com 12% de indecisos.
Um estudo do instituto British Election Survey para o jornal online The Independent apresenta uma vantagem menor, com 43% dos inquiridos a votar “sim” e 40,5% “não”.
Mas, neste estudo, quando se contabilizam apenas os eleitores que dizem que “muito provavelmente” vão votar, o “não” fica à frente, com 45%, e o “sim” regista 44,5%.
Por outro lado, o método utilizado na recolha das intenções de voto parece influenciar os resultados.
Dois estudos do instituto ICM para o Guardian, um feito por telefone, outro pela internet, obtiveram resultados diferentes: no primeiro 47% disseram-se pelo “sim” e 39% pelo “não”, enquanto no segundo, feito online, 47% disseram apoiar a permanência e 43% a saída.
Na análise às sondagens, os especialistas sublinham por um lado o elevado número de indecisos, cerca de um quinto do eleitorado, e a importância da taxa de participação, dado que os partidários do “Brexit” surgem consistentemente como mais motivados para votar.