Açoriano Oriental
Aplicação para 'smart phone' e 'tablet' vai dar a conhecer flora endémica
A Universidade dos Açores está a desenvolver um projeto que visa permitir às pessoas identificarem "de forma intuitiva" a flora endémica do arquipélago, através de uma aplicação para 'smarth phones' e 'tablets'.
Aplicação para 'smart phone' e 'tablet' vai dar a conhecer flora endémica

Autor: Lusa/Açoriano Oriental

"O objetivo é as pessoas terem uma aplicação que lhes vai permitir de forma intuitiva e fácil identificar espécies da flora dos Açores", afirmou à agência Lusa Mónica Moura, coordenadora do projeto científico, à margem do seminário "Biodiversidade e ilhas", que decorre em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel.

Mónica Moura adiantou que para já o projeto, que engloba botânicos e biólogos da academia açoriana, assim como consultores externos, vai concentrar-se nas espécies endémicas, por ser "o que torna os Açores diferente do todo o resto".

Segundo disse a investigadora, vão ser desenvolvidos, até 2019, ferramentas de identificação e metodologias de reconhecimento da imagem, utilizando programas informáticos que já o fazem.

Mónica Moura explicou que o que se pretende é que através de uma foto tirada com um 'tablet' ou um 'smart phone' e recorrendo a um mecanismo de reconhecimento da imagem seja possível ao utilizador aceder a um conjunto variados de informações.

"No caso de uma hortênsia, por exemplo, vai aparecer qual a origem, se é uma espécie endémica ou não, no caso obviamente que não é. Pode aparecer informação relacionada com a distribuição, que neste caso em particular é bastante grande nas ilhas", adiantou a investigadora, acrescentando que o projeto tem uma série de parcerias com jardins, especialmente, das ilhas de São Miguel e Terceira.

Mónica Moura revelou que, em termos científicos, o grande objetivo é "conseguir, pela primeira vez, publicar a flora dos Açores", porque até agora "só existem 'check lists' e livros de campo".

"Estamos a criar uma plataforma e uma aplicação que fosse facilmente utilizável por pessoas que não são botânicas e, ao mesmo tempo, ir ao encontro daquilo que é o interesse mais científico", justificou a investigadora, alegando que é a plataforma que depois irá comunicar com a aplicação para 'smart phones' e 'tablets'.

Este projeto científico foi financiado com menos de 200 mil euros, no âmbito do programa operacional para os Açores 2020, informou Mónica Moura.

O seminário "Biodiversidade e ilhas", que acontece hoje e amanhã, no polo de Ponta Delgada da Universidade dos Açores visa partilhar entre investigadores e a comunidade em geral a atividade do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos (CIBIO - Açores).

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