Antecipação de eleições regionais sem "vantagens nenhumas"
21 de nov. de 2023, 15:32
— Lusa
Em
conferência de imprensa para apresentação do caderno reivindicativo da
estrutura sindical para 2024, Manuel Pavão falou também do Plano e
Orçamento da região, sublinhando que se o documento não for aprovado no
parlamento dos Açores “pelo menos vai haver um atraso considerável,
muito superior a seis meses”, para além “do risco de algumas medidas
caírem mesmo”.“Este é um compromisso deste
Governo Regional, mas o próximo pode até não prosseguir com esse
compromisso, daí o nosso alerta para a vantagem de aprovar o Plano e
Orçamento de 2024”, afirmou Manuel Pavão na conferência de imprensa, na
sede da UGT/Açores, em Ponta Delgada.O
sindicalista lembrou ainda que o mandato do Governo Regional
(PSD/CDS-PP/PPM), que tomou posse em novembro de 2020, “está
praticamente no fim e não são em dois os três meses que se corrige
eventuais trajetórias de uma governação”.O
dirigente da UGT/Açores admitiu não encontrar “vantagens nenhumas” na
antecipação das eleições, que deverão realizar-se no outono de 2024.Relativamente
ao caderno reivindicativo apresentado hoje, a UGT/Açores defende
“aumentos salariais entre os 5 e os 8%, com um impulso de 65 euros,
podendo mesmo atingir valores superiores naqueles setores que tiveram
lucros bem acima do normal nos últimos anos, como por exemplo, na banca,
na energia, nas comunicações, na grande distribuição e no turismo,
etc”.Manuel Pavão apresentou como outra
pretensão a necessidade de realizar um “esforço significativo em sede de
negociação para a convergência de valores” entre as convenções
coletivas regionais e nacionais, o que gera disparidades entre o
continente e os Açores em ternos salariais, nas diferentes profissões.A
UGT/Açores defende também a “regularização da situação dos
trabalhadores das Instituições Particulares de Solidariedade Social há
mais de dez anos ao serviço do ISSA- Instituto da Segurança Social dos
Açores, que estão a desempenhar funções/tarefas em termos de horários,
local de trabalho e hierarquia de acordo com o estatuto da função
pública, menos a nível salarial”.A
UGT/Açores quer ainda “corrigir o efeito de esmagamento provocado pelo
aumento mais generoso da retribuição mínima garantida nos últimos anos”,
apelando às entidades empregadoras para a “abertura e disponibilidade
para a discussão dessa matéria”.O Plano e o
Orçamento dos Açores para 2024 começou a ser debatido na segunda-feira
na Assembleia Regional, onde a votação na generalidade deverá acontecer
na quarta-feira ou na quinta-feira.