Autor: Lusa/AO online
O Comité de Segurança para os Jornalistas Afegãos (AJSC, na sigla em inglês) divulgou na segunda-feira os dados de entre janeiro e junho, que evidenciam 54 casos de violência sobre jornalistas afegãos, com um aumento de 38 por cento em relação ao período homólogo.
Os casos recolhidos no relatório incluem assassínios, detenções, ataques e atos de intimidação, na maioria praticados por “indivíduos ligados ao Governo”, que foram responsáveis por 21 casos.
No relatório concluiu-se que 16 casos foram praticados por talibãs, o que representa um aumento da violência dos opositores das forças governamentais.
Em janeiro, sete funcionários do canal televisivo Tolo foram mortos num ataque suicida talibã, que o grupo preparou como vingança pela propaganda negativa de que é alvo.
O AJSC diz ainda que o número de mulheres jornalistas diminuiu, numa altura em que a segurança no país está a piorar.
“Atualmente, a presença das mulheres nos media está muito limitada a áreas urbanas”, escreve o relatório. “As mulheres mantiveram papéis mais fracos em secções de liderança e de notícias, destacando uma reversão da presença e crescimento qualitativo das mulheres nos media”.