Açoriano Oriental
Angra do Heroísmo comemora poesia e teatro durante sete dias

A cidade de Angra do Heroísmo, nos Açores, vai comemorar o Dia Mundial da Poesia e o Dia Mundial do Teatro, com recitais, peças, oficinas e sessões de contos, entre os dias 21 e 27 deste mês.

Angra do Heroísmo comemora poesia e teatro durante sete dias

Autor: Lusa/AO online

"Tínhamos ideia de fazer um mini-festival de teatro, no fim de semana, durante três dias e aproveitámos que o Dia Mundial da Poesia era no dia 21 e o do Teatro no dia 27. Eram sete dias, juntámos um ao outro e completámos a semana”, adiantou, em declarações à Lusa, Marcos Trovão, presidente do grupo de teatro Alpendre, que organiza a iniciativa, em parceria com o município e com o Governo Regional.

Para além de “Gisberta”, com Rita Ribeiro (27), e de “Elas Sou Eu”, com Eduardo Gaspar (26), a iniciativa “7” apresenta outras peças de teatro de grupos locais, recitais de poesia, sessões de contos, oficinas, uma exposição e uma conferência sobre direitos de autor.

“A ideia foi juntarmos tudo no ‘7’ e preencher os dias com um bocadinho de cada. Vamos oferecer peças de teatro, vamos ter contos, vamos ter ‘workshops’ de luz e de escrita criativa e vamos ter poesia, que é uma coisa que durante muitos anos o Alpendre levava à cena e ultimamente não tem realizado”, salientou Marcos Trovão.

Os contos vão às escolas, a poesia vai circular pelos cafés e pelas ruas da cidade, estando previstos espetáculos em sete locais: na sede do Alpendre, no Teatro Angrense, no claustro do Museu de Angra do Heroísmo, na Biblioteca Pública e Arquivo Regional Luís da Silva Ribeiro, no Jardim Duque da Terceira, no Núcleo Museológico de História Militar Manuel Coelho Baptista de Lima e no auditório do Radio Clube de Angra.

O Alpendre, grupo de teatro amador fundado em 1976, abre o festival, no dia 21, com a peça “Mar me quer”, de Mia Couto, com encenação de Pedro Giestas.

“Foi um grande desafio, porque ele tem uma forma totalmente diferente de trabalhar, que o pessoal do Alpendre não estava muito habituado”, adiantou Marcos Trovão, acrescentando que não é a primeira vez que o grupo leva à cena textos de Mia Couto.

Participam ainda no “7” outros três grupos de teatro da ilha: Fala Quem Sabe (22), Cães do Mar, com “Os Amores Encardidos de Padi e Balbina” (24), e A Sala (25).

“A ideia inicial era ser com praticamente todos os grupos da Terceira, mas devido à logística – são tudo grupos amadores e as pessoas têm o seu trabalho – para fazer montagens e encenações tornou-se um bocado apertado”, revelou o presidente do Alpendre.

Numa ilha em que o Carnaval se comemora com teatro popular, o mais antigo grupo de teatro em atividade não se queixa de falta de público e costuma ter casa cheia, mas opta por atuar numa sala mais pequena para repetir mais vezes o espetáculo.

“É preferível irmos a cena com a mesma peça dez, 12, 15 vezes, do que irmos duas vezes ao Teatro Angrense com ele esgotado”, frisou Marcos Trovão.


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