A decisão foi tomada na reunião a 27 de março e já não foi uma surpresa para muitos. A 13 de março, quando Vasco Cordeiro declarou estado de contingência para os Açores, o autarca angrense Álamo Meneses já havia dado a entender que as Sanjoaninas estariam em risco e que as semanas seguintes seriam decisivas para o destino das festas concelhias.

Em 2020 as Sanjoaninas debruçar-se-iam sobre a temática das alterações climáticas e a adoção de hábitos mais sustentáveis.

 “Planeta Terra apresentará uma relação harmoniosa entre a atividade humana e os ecossistemas terrestre e aquático, em contraponto com a destruição ambiental a que hoje se assiste”, adiantava a nota de imprensa enviada às redações em janeiro, aquando da apresentação do tema e do cartaz para este ano.

 Os alunos das escolas angrenses teriam, também, um papel importante na execução de um dos quadros do cortejo e já estavam há alguns meses a levar embalagens usadas para as escolas.

 O séquito real também já estava escolhido e seria apresentado a 20 de março numa sessão no Salão Nobre da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo. O séquito deverá transitar para 2021.

              As inscrições para a única noite de São João decorreram entre 27 de fevereiro a 27 de março sendo que estavam inscritas 25 marchas entre adultos e crianças.

              No comunicado publicado nas redes sociais a autarquia diz lamentar profundamente o cancelamento, mas que “as conduções atuais e previsíveis a isso obrigam”.

              Na publicação multiplicam-se os comentários a elogiar a atitude e há mesmo quem peça ajuda ao município para que, a seu tempo, possa promover eventos que dinamizem o comércio local que deverá sofrer consequências graves com esta crise sanitária.