Açoriano Oriental
ANA nega falta de espaço de carga nos aeroportos e responsabiliza transitários
A ANA - Aeroportos de Portugal contestou hoje as críticas dos transitários relativamente à "alegada falta de espaço" nos terminais de carga dos aeroportos de Lisboa e do Porto e responsabilizou os agentes de carga por eventuais "fragilidades".
ANA nega falta de espaço de carga nos aeroportos e responsabiliza transitários

Autor: Lusa/AO Online

 

Na semana passada, a Associação dos Transitários de Portugal acusou a ANA de “falta de visão” por se abster “de qualquer investimento no departamento de carga" e criticou a “carga amontoada e espalhada pelos terminais, fora do perímetro de segurança”, salientando que as entidades aeroportuárias não têm garantido o devido acondicionamento e bom estado.

Acusações que a ANA nega, numa resposta enviada à APAT, negando a falta de espaço nos aeroportos, uma vez que “tem provido as infraestruturas aeroportuárias de terminais atualizados e adequados ao processamento e tratamento de carga aérea”.

A gestora dos aeroportos nacionais assinala igualmente que “não se contornam procedimentos de segurança, na medida em que estes constituem comandos normativos obrigatórios” e afirma-se alheia às “entropias” invocadas pela APAT “cuja resolução deverá ser ponderada junto dos sujeitos que, direta ou indiretamente, possam contribuir para a sua existência”.

Na resposta à APAT, a ANA refere que o rastreio da carga aérea não compete à entidade gestora aeroportuária, e sim aos agentes de carga aérea reconhecidos ou às transportadoras aéreas, competindo apenas aos diretores dos aeroportos “um dever geral de fiscalização do cumprimento das normas de segurança”.

Adianta ainda que existem dois agentes de carga reconhecidos nos aeroportos de Lisboa e Porto, a quem compete o rastreio da carga aérea “pelo que a existirem eventualmente fragilidades ou responsabilidades nesta atividade, devem ser-lhe imputadas, e não à entidade gestora dos aeroportos”.

A ANA sublinha por outro lado que o rastreio da carga pode ser feito pelos fornecedores, antes de entrar no aeroporto, desde que sejam adotadas medidas de segurança nas fases de produção, embalamento ou prévias ao transporte.

“Se a APAT não consegue fazer vingar estas soluções junto dos seus associados e dos seus clientes, é questão à qual a ANA é também absolutamente alheia”, conclui a empresa que gere os aeroportos.

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