Açoriano Oriental
Rio2016
Ana Cabecinha quer melhorar oitavo posto, Inês Henriques aponta ao top-10
A portuguesa Ana Cabecinha disse que queria melhorar o oitavo lugar dos dois últimos Jogos Olímpicos, enquanto Inês Henriques almeja um lugar nos dez primeiros postos dos 20km marcha do Rio2016.
Ana Cabecinha quer melhorar oitavo posto, Inês Henriques aponta ao top-10

Autor: Lusa/AO Online

 

“[Melhorar] Possível é sempre possível, porque nestes últimos quatro anos entrei sempre em top-10, top-8, em mundiais e europeus. Claro que [o objetivo] passa por melhorar os dois oitavos das últimas duas edições dos Jogos. Todas as minhas baterias passam por aí”, afirmou.

A atleta algarvia, de 32 anos, diz que encara a sua terceira participação “com outra emoção e outra vontade de competir” e que ficaria satisfeita se levasse um terceiro diploma para casa.

“Claro que saio satisfeita se sair daqui com um diploma olímpico, porque se batalha muito em quatro anos e acho que um diploma olímpico é muito de realçar e saíria muito satisfeita com um diploma olímpico. Todos nós treinamos para chegar mais à frente e eu quero melhorar ou igualar o lugar de finalista nos Jogos Olímpicos”, assumiu.

A medalha, contudo, não está fora do pensamento de Ana Cabecinha, que foi quarta nos últimos mundiais, embora prefira não pensar em demasia numa subida ao pódio.

“A partir do ano passado, pensamos que é possível chegar à frente, não ser só oitavo, sétimo, mas ainda não pensei em medalhas. Realmente, não sonhei com isso e não quero pensar, para ir tranquila e para que a prova corra com toda a tranquilidade possível. Depois, durante a prova, é que se vai ver o que vai sair”, referiu.

O facto de não estarem atletas russas na prova não vai, segundo a atleta do Clube Oriental de Pechão, tornar a tarefa das atletas lusas mais fácil, porque “o Brasil, a Colômbia, o Peru estão a aparecer muito fortes na marcha e vão ser atletas a ter em conta nestes Jogos Olímpicos”.

“As russas não estiveram no último campeonato do mundo e eu fui sexta. Vai ser muito complicado, porque a marcha deu um salto muito grande, é um ano olímpico, todas as atletas apareceram na máxima força e ninguém quer falhar”, referiu.

Inês Henriques garante que a sua preparação “correu muito bem, foi a que correu melhor nos últimos anos”, pelo que o seu objetivo “é o ‘top-10’”.

“Eu estou tranquila, estes são os meus terceiros Jogos Olímpicos, não sei se serão os últimos, por isso, quero desfrutar o mais possível e quero ser feliz na prova. Esse tem sido o meu lema na prova e tem corrido muito bem, por isso, há que manter”, referiu.

O calor e a humidade que se podem vir a sentir durante a prova, marcada para as 14:30 de sexta-feira (18:30 em Lisboa), preocupam as duas principais marchadoras portuguesas.

“Eu não treinei lá ainda, mas vi a prova masculina e o percurso parece-me bom. A hora da prova é que não é boa, porque se apanharmos as condições atmosféricas da prova masculina vai ser muito duro, porque é a prova toda ao sol. Preocupa-nos um bocado o calor que iremos apanhar, porque a prova é toda ao sol”, afirmou Ana Cabecinha.

Se as condições forem as mesmas da prova masculina, Ana Cabecinha acredita que poderá favorecer as atletas da América Latina, mas recordou que esteve a treinar no Algarve “em condições muito exigentes”, pelo que “a marca pode não ser favorável, mas o lugar pode ser melhor” do que o esperado.

“É óbvio que se as condições estiverem como esteve na prova masculina ou ontem [segunda-feira] de manhã, que estava um calor horrível, temos de ser mais cautelosas. A prova masculina teve muitas surpresas. Os que souberam ser mais inteligentes e mais cautelosos foram os que ficaram mais bem classificados. Acho que é por aí, estar tranquila e ir fazendo o trabalho de forma tranquila e no final se verá”, afirmou.

Em estreia nos Jogos Olímpicos está Daniela Cardoso, cuja “maior expetativa é ganhar o máximo de experiência, tirar partido de todo este evento, para daqui a quatro anos poder sonhar com outros objetivos”.

“Neste momento não quero falar em lugares, porque as classificações não dependem só de mim, tenho de esperar pelas condições atmosféricas. Mas o objetivo é bater o meu recorde pessoal”, afirmou.

Daniela Cardoso, de 24 anos, vai estrear-se em Jogos Olímpicos e já percebeu que este é um evento “de nível mundial, com um nível muito elevado e em que todas as atletas estão no seu melhor forma” e é isso que os “diferenciam de outro tipo de eventos”.

“[As companheiras de seleção têm dado] Vários tipos de aprendizagens, ao nível do treino, do abastecimento, têm sido espetaculares comigo. Não tenho aprendido só agora, mas ao longo dos anos, por exemplo com a Inês Henriques, com quem tenho aprendido imenso, e é experiência que vou ganhando”, afirmou.

 

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