Açoriano Oriental
Alunos mais novos são as maiores vítimas
Os alunos mais novos são os que mais se envolvem em situações de vitimação e agressão nas escolas, segundo um estudo feito em estabelecimentos do 2º e 3º ciclos de Coimbra, apresentado hoje num colóquio

Autor: Lusa/AOonline
O estudo, realizado pela professora da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC) Sílvia Parreiral, abrangeu uma amostra de 1735 alunos, com idades compreendidas entre os 10 e os 19 anos.

    "São os alunos mais jovens os que mais se envolvem nas situações de vitimação e agressão, que, muitas vezes, passam despercebidas aos adultos", disse a docente, ao intervir no colóquio "Violência e Escola - Sinalização, Intervenção e Prevenção".

    Segundo Sílvia Parreiral, professora de Psicologia e Ciências da Educação na ESEC, "o recreio é o lugar mais comum para as agressões", que também se podem verificar na sala de aula ou nos balneários.

    "Muitas vezes, a agressão é invisível, e os professores tendem a minimizar", disse a investigadora à agência Lusa à margem do colóquio, que decorreu hoje na Escola Secundária D. Duarte.

    De acordo com a docente, grande parte das vítimas não se queixa por medo de represálias ou por vergonha.

    "Os jovens sofrem em silêncio, têm até vergonha do sofrimento", segundo uma aluna que interveio no colóquio durante a tarde.

    O estudo de Sílvia Parreiral "Violência e Escola: Que Realidade?" abrangeu escolas do 2º e 3º ciclos do concelho de Coimbra, inquirindo alunos dos 5º, 7º e 9º anos.

    Foi realizado no âmbito de uma dissertação de mestrado apresentada à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.

    O colóquio foi organizado por uma comissão multidisciplinar de profissionais, oriundos das áreas da educação e da saúde, de diversas instituições do concelho de Coimbra.

   
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