Açoriano Oriental
Alunos da Universidade dos Açores concentram-se contra situação da academia
O presidente da Associação Académica da Universidade dos Açores, Marco Andrade, considerou hoje que há um "descontentamento generalizado" dos alunos, desde o início do ano letivo, na sequência das dificuldades com que se confronta a academia açoriana.
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Autor: Lusa/AO Online

Dezenas de alunos da academia açoriana concentraram-se hoje, de forma pacífica, junto à reitoria, para manifestarem o seu descontentamento, a pretexto da reunião do Conselho Geral da Universidade dos Açores, e estão a fazer circular um abaixo-assinado, durante toda a semana, que será posteriormente entregue ao reitor, a materializar a sua indignação.

O Ministério da Educação e Ciência autorizou uma transferência de fundos para a Universidade dos Açores para que a academia possa fazer face aos problemas financeiros com que é confrontada, tendo a medida recebido o aval do Ministério das Finanças.

“Levantaram-se problemáticas como as épocas especiais, cursos que não abriram com os alunos a não serem notificados antecipadamente, a par do novo fracionamento das propinas, da falta de papel higiénico, entre outras questões que conduziram os alunos a um descontentamento muito grande”, declarou o dirigente estudantil.

Marco Andrade não subscreveu o pedido de demissão do reitor da academia açoriana, contrariamente a outras forças vivas da universidade, porque entende que numa “situação problemática” como a que se atravessa este não é o “momento apropriado” para que haja divergências, a “criação de guerras” ou “levantamento de revoltas”.

“Daí o nosso movimento pacífico. Apenas queremos demonstrar o nosso descontentamento e acreditamos que todos os departamentos, reitoria e órgãos de gestão da Universidade dos Açores se devem unir em prol de uma melhor universidade, de uma melhor qualidade de ensino. Não queremos que esta situação surja em prejuízo dos alunos, como até agora”, disse.

Marco Andrade referiu que um dos departamentos mais afetados pela crise na academia açoriana é o departamento de Economia e Gestão, que constitui um dos que “gera” mais valores financeiros anuais para a instituição e que tem vindo a ser “prejudicado” em detrimento de outros departamentos que “não geram esta receita positiva”.

O presidente da Associação Académica da Universidade dos Açores lamentou que no âmbito do plano de reestruturação financeira da instituição o aumento das propinas esteja “em cima da mesa”.

“Os órgãos de gestão da Universidade dos Açores estão a tentar captar o máximo de receitas no mínimo tempo possível. Os três primeiros fracionamentos das propinas correspondem a cerca de 45 por cento do total. Há alunos que já pagaram a primeira prestação da propina e não têm curso porque não têm professores. Será que o valor das propinas pago será devolvido?”, questionou Marco Andrade.

Marco Andrade afirmou que não tem conhecimento dos termos do plano de reestruturação financeira da instituição que está ser negociado entre a Universidade dos Açores e o Ministério da Educação e da Ciência, preconizando, no entanto, que a reitoria “defenda os alunos” que têm sido prejudicados desde o início do ano letivo.

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