Açoriano Oriental
Alternativas legais às drogas ilícitas estão cada vez mais sofisticadas
As alternativas legais às drogas ilícitas estão cada vez mais sofisticadas, indica o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT).
Alternativas legais às drogas ilícitas estão cada vez mais sofisticadas

Autor: Lusa/AO Online

No relatório anual do Observatório, apresentado hoje em Bruxelas, destaca-se a expansão dos “canabinóides sintéticos”, com novas substâncias a aparecerem no mercado a um ritmo que torna difícil a sua detecção.

O director do OEDT, Wolfgang Götz, caracterizou este sector das drogas como “um alvo em movimento”, com “fornecedores com grande capacidade de inovação”, que “fogem aos controlos”.

Em 2008, o Observatório e a Europol detectaram “13 substâncias psicoactivas novas” que simulam os efeitos do cannabis, duas das quais plantas.

Trata-se da “última etapa do desenvolvimento” das chamadas “drogas de design”, que vão desde “drogas tradicionalmente usadas em algumas regiões do mundo até substâncias químicas sintetizadas em laboratórios e ainda não testadas em seres humanos”, refere o relatório.

Uma das mais populares e disseminadas é vendida legalmente como “Spice”, uma mistura de ervas que pode incluir químicos sintéticos, sem que as embalagens os refiram.

O relatório identificou dezenas de lojas de toda a Europa - incluindo Portugal - que vendem “Spice” aos seus balcões ou pela Internet.

Para fugir aos controlos de droga, os fabricantes mudam o nome aos produtos, fazem rotulagens incompletas ou incorrectas e usam “embalagens atractivas” para vender estas misturas herbáceas ou “pastilhas de festa” que contêm BZP, substância psicoactiva controlada na União Europeia.

Wolfgang Götz aponta que estas novas drogas sintéticas podem ser “uma amostra dos problemas que estão para vir”, salientando que os fabricantes fazem uma “comercialização agressiva” e reagem muito depressa às medidas de controlo impostas pelas autoridades.

No que toca às drogas sintéticas mais estabelecidas, como o ecstasy, o relatório de 2009 assinala que o seu consumo se mantém estável, enquanto as metanfetaminas, que “ainda não penetraram significativamente” no continente europeu, podem estar a expandir-se da Europa de Leste para países mais a Norte, como Noruega e Suécia.

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