Açoriano Oriental
Alexandre Gaudêncio quer mobilizar para o PSD/Açores cidadãos com "provas dadas"

A definição de um “novo rumo” para o PSD/Açores é a proposta da candidatura de Alexandre Gaudêncio à liderança da estrutura, querendo o candidato mobilizar para o partido cidadãos com “provas dadas”.

Alexandre Gaudêncio quer mobilizar para o PSD/Açores cidadãos com "provas dadas"

Autor: Lusa/Ao online

O jovem autarca, presidente da Câmara da Ribeira Grande (a segunda cidade mais importante da ilha de São Miguel), militante do partido desde 2001, casado e pai de dois filhos, encara a política “não como uma profissão, mas como um serviço público em prol das pessoas”.

Em entrevista à agência Lusa, Gaudêncio afirma que quer ir “buscar os melhores” à sociedade açoriana para o PSD/Açores.

O militante social-democrata - que já desempenhou as funções de secretário-geral de Duarte Freitas, atual líder do partido, e que atualmente é vice da Comissão Política Regional - pretende também dar um “destaque especial” às mulheres na estrutura partidária na promoção da igualdade de género e de oportunidades, gerando-se um fator diferenciador também neste capítulo, através da revitalização do movimento das mulheres sociais-democratas.

O autarca, que ganhou notoriedade política com uma vitória expressiva na Ribeira Grande, nas eleições autárquicas de 2013, derrubando o candidato socialista Ricardo Silva, quer transformar o PSD/Açores numa verdadeira escola de formação política e de valores promovendo a formação, em particular no poder local, através da criação de uma academia.

Sendo o PSD um partido “de base e do povo”, há que, na leitura de Alexandre Gaudêncio, preparar os autarcas sociais-democratas para “melhor servir as pessoas” através de parcerias, por exemplo, com o Instituto Sá Carneiro.

O candidato pretende um partido “mais interventivo, virado para a sociedade e que, acima de tudo, possa responder aos desafios com que as pessoas estão a ser confrontadas” e, em 2020, nas eleições legislativas regionais, consiga retirar o PS do poder, o que “não é de todo impossível”.

O dirigente social-democrata diz também querer recuperar a mística vencedora dentro do partido após as sucessivas derrotas eleitorais.

Sendo este um projeto “de pontes e não de barreiras” com todos os militantes, Alexandre Gaudêncio pretende recuperar os princípios da fundação do partido, que deve ser autónomo e virado para a sociedade na perspetiva de que “a economia deve ser estar ao serviço das pessoas e não as pessoas ao serviço da economia”.

Alexandre Gaudêncio quer ainda um partido ao serviço das nove ilhas dos Açores, de Santa Maria ao Corvo, “sem descurar ninguém”, o que também constava dos princípios do PPD/PSD regional de Mota Amaral, defendendo uma linha progressista, reformista face às novas realidades atuais.

Gaudêncio quer um “partido autónomo” da estrutura nacional, em que se coloque sempre os Açores à frente do partido, algo que admite que se perdeu nos últimos anos, daí a necessidade de apostar na "matriz social-democrata".

O jovem autarca acha que ainda há mais margem para aprofundar a autonomia no quadro constitucional português, havendo setores como a justiça, saúde e segurança que podem ser melhorados.

Alexandre Gaudêncio vai defrontar na corrida eleitoral social-democrata o advogado de Ponta Delgada e militante Pedro Nascimento Cabral.

As eleições internas do partido foram agendadas para o dia 29 de setembro, depois de o atual líder regional, Duarte Freitas, ter anunciado que estava de saída por falta de “condições pessoais e familiares” para permanecer no cargo.


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