Açoriano Oriental
Água do porto da Madalena do Pico sem contaminação
A empresa pública Portos dos Açores anunciou hoje que o estudo mandado efetuar no porto antigo da Madalena, no Pico, indica que a água não está contaminada, apesar da concentração de algas desde o último trimestre de 2015.

Autor: Lusa/AO Online

 

“Os resultados das análises às águas do mar no porto da Madalena do Pico indicam que tais águas estão próprias para banhos, com base nos parâmetros microbiológicos”, adianta uma nota de imprensa da empresa que gere os portos no arquipélago.

No início deste mês, a Câmara Municipal da Madalena apontava para a existência de “constrangimentos e perigos provenientes da acumulação de algas” no antigo porto da vila, considerando poder estar-se perante um problema de saúde pública.

“Ninguém pode ter as janelas abertas na Madalena, mesmo quem se desloca de carro com as janelas fechadas não consegue andar sem sentir este cheiro nauseabundo constante e sulfuroso que até provoca mal-estar. O que nós queremos é que, efetivamente, se encontre uma solução”, explicou na ocasião José António Soares, presidente da autarquia.

O delegado de saúde na Madalena adiantou, por seu turno, que não considerava necessário emitir nenhum alerta ou aviso à população, uma vez que “ainda nada está comprovado”.

Para a Porto dos Açores, perante o resultado deste estudo, “está afastada a suspeita de contaminação das águas no interior daquela infraestrutura portuária”, onde ocorreu pela última vez há cinco anos uma concentração de microalgas conhecidas localmente por sargaço.

A nota de imprensa informa que a colheita de amostras das águas para análise ocorreu no dia 08 de janeiro, no porto velho da Madalena.

“Com base nas amostras recolhidas foram analisados diferentes variáveis, através do método de filtração por membrana, sendo os resultados apurados mais de dez vezes inferiores aos valores limite dos parâmetros microbiológicos estabelecidos”, acrescenta a empresa, referindo que a qualidade da água no local passará a ser monitorizada mensalmente.

A Portos dos Açores esclarece que a concentração de sargaço junto às orlas marítimas resulta da conjugação das alterações climatéricas e consequentes desequilíbrios nos ecossistemas marinhos, sendo que o seu crescimento desmesurado está, por norma, relacionado com o excesso de nutrientes presentes na água, em face da matéria orgânica em decomposição, o que serve como principal alimento para as próprias algas.

Segundo a empresa, está a ser preparada a realização de análises à qualidade do ar na zona afetada, cujo trabalho de campo deverá ocorrer esta semana, implicando a deslocação para os Açores de equipamentos técnicos.

 

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