Autor: Lusa/AO Online
Falando numa apresentação de um livro na Assembleia da República, os três coincidiram na ideia de que é fundamental uma participação dos jovens na política e não só "pela via dos figurinos habituais", isto é, pela inscrição em juventudes partidárias, por exemplo.
Para Adriano Moreira, professor universitário e antigo presidente do CDS, é "essencial" haver uma organização dos "valores fundamentais" que levem os jovens a intervir na política, sendo que tal presença deve ser sempre pautada pela "autenticidade".
"A autenticidade é absolutamente fundamental na política, e isso significa que tem de haver coerência entre aquilo que se proclama e aquilo que se faz", vincou.
Para Jaime Gama, urge tematizar a problemática dos jovens e da política de "forma positiva", e o livro hoje apresentado sobre a matéria é um contributo "saudável" para a discussão do tema.
"Quando se fizer a história desta problemática, José Miguel Bettencourt [autor do livro] ficará seguramente como o primeiro jovem que em Portugal escreveu um ensaio da sua responsabilidade sobre os jovens e a política", declarou o antigo presidente da Assembleia.
Já Mota Amaral ressalvou que a distância para com a política não se sente só nos jovens.
"Essa é uma ideia generalizada, não se sente só com os jovens", sublinhou, elogiando posteriormente a "generosa capacidade" das camadas mais jovens, essencial para um "efetivo envolvimento na política" daqueles que assim o pretendam.
Adriano Moreira, Jaime Gama e Mota Amaral apresentaram hoje na Assembleia da República o livro "Jovens e a Política", da autoria de José Miguel Bettencourt, texto que agrega dez depoimentos inéditos de personalidades políticas e pensadores da política contemporânea, sobre Portugal, a política, os políticos e as novas gerações, entre os quais Adriano Moreira, Luís Campos e Cunha, Mota Amaral, Paulo Almeida Sande, Paulo Teixeira Pinto, Pedro Magalhães e Rui Oliveira e Costa.