Autor: Lusa/Ao online
“A apreciação foi adiada para 2021. O adiamento não é devido a qualquer problema com o nosso processo, mas a uma questão temática, porque o tema memorial é novo”, disse Marie-Madeleine Damien, secretária-geral da associação, que está no Bahrein, onde decorre a reunião do comité do património mundial da UNESCO.
“Isto não coloca em causa o interesse do ‘dossier’”, assegurou.
A candidatura engloba 139 cemitérios militares, necrópoles e monumentos evocativos na Bélgica e em França, entre os quais o cemitério militar português de Richebourg, no norte de França, onde estão sepultados 1.831 soldados portugueses que combateram na I Guerra Mundial.
O centro Simon Wiesenthal, que luta contra o antissemitismo e o racismo, manifestou ao comité preocupação quanto à classificação desses locais.
“Tememos que nos cemitérios que também serviram de campos de batalha durante a Segunda Guerra Mundial, assassinos nazis possam ser homenageados em cemitérios comuns com unidades aliadas ou que haja memoriais que servem atualmente como locais de culto de neonazis”, afirmou a organização numa carta ao comité.