Autor: Lusa/AO Online
O coordenador do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses nos Açores, Francisco Branco, acrescentou que nos três hospitais da região (São Miguel, Terceira e Faial) a adesão é de 80% e nos centros de saúde de 50%.
“A média de adesão situa-se nos 65%. Os serviços que estavam programados ou que são programáveis são os mais afetados e tudo o que é situação de internamento e de urgência está a ser assegurada”, disse Francisco Branco, referindo que “as consultas externas são as mais afetadas” pela paralisação, enquanto “as cirurgias que estavam programadas não foram realizadas”, porque “os blocos operatórios estão a 100% de adesão nos três hospitais”.
O coordenador do sindicato disse que "era expectável uma adesão um pouco mais alta nos Açores a rondar os 70%".
"Temos que perceber que tem sido um ano com muitas greves deste setor e isto também causa efetivamente desgaste e prejuízos económicos. Mas, não temos dúvidas que os colegas concordam com os motivos da paralisação”, sustentou.
Francisco Branco reforçou ainda que as reivindicações em causa para a realização da greve “são exclusivamente da responsabilidade do Governo da República”.
“Trata-se de uma revisão da atual carreira de enfermagem que o Governo regional não tem competência nem pode negociar. Esta greve é dirigida inteiramente ao Governo da República, em concreto ao Ministro da Saúde”, frisou.
A secretaria regional da Saúde adiantou à Lusa que a adesão à paralisação no Serviço Regional de Saúde é de 35% nos três hospitais açorianos e de 27% nos centros de saúde das ilhas.