Açoriano Oriental
Adesão à greve da função pública nos Açores atinge os 60 a 65%
Saúde e Educação são os setores mais afetados hoje, no arquipélago dos Açores, pela greve nacional dos trabalhadores da administração pública, e que na região regista uma adesão de 60 a 65% segundo a estrutura regional da CGTP-IN.
Adesão à greve da função pública  nos Açores atinge os 60 a 65%

Autor: Lusa/AO Online

“A greve aqui nos Açores tem um nível de adesão que podemos considerar aceitável e que, sendo mais baixo do que na generalidade do país, deve-se situar nos 60 a 65%”, afirmou o sindicalista João Decq Mota à agência Lusa, acrescentando que ainda estão por contabilizar números referentes a turnos da tarde.

A greve de hoje foi convocada pela federação sindical filiada na CGTP-IN e teve depois a adesão do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP) e do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE).

Na origem da convocação da greve estão os cortes salariais na Função Pública, o aumento do horário semanal das 35 para as 40 horas, a colocação de trabalhadores no regime de requalificação, o congelamento das carreiras e a falta de negociação no setor.

João Decq Mota adiantou que nos Açores há várias escolas encerradas, como a Secundária da Ribeira Grande e as preparatórias Canto da Maia e Capelas, entre outras.

Na Saúde a CGTP/Açores registou no hospital da Horta, ilha do Faial, uma adesão de 65%, com “muitos serviços encerrados”, como o bloco operatório e recobro. No hospital de Angra, ilha Terceira, a adesão é da ordem dos 75%, também com vários serviços paralisados, e no hospital de Ponta Delgada, ilha de S. Miguel, a adesão chega aos 80%, segundo a central sindical.

O sindicalista revelou, ainda, que o serviço de Finanças de Ponta Delgada está encerrado e ainda estão por contabilizar o nível de adesão nos Tribunais na região.

Apesar de nos Açores a questão do horário semanal das 35 horas estar “praticamente resolvido”, João Decq Mota considerou que os trabalhadores da administração pública nas ilhas também têm razões para aderirem a esta greve.

“Todas as outras questões que têm a ver, por exemplo, com a negociação anual dos salários, descongelamento dos salários, o facto dos trabalhadores da administração central, regional e local não terem aumentos reais há mais de dez anos e não terem progressão na carreira também há mais de dez anos são, no meu entender, razões mais do que suficientes para que os trabalhadores da administração regional também façam greve”, afirmou João Decq Mota.

Até ao momento, o Governo Regional dos Açores ainda não emitiu qualquer comentário sobre esta greve.

 

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