Açoriano Oriental
Açores registam redução de resíduos enviados para aterro em 2016
O arquipélago dos Açores reciclou ou incinerou o ano passado quase metade dos seus resíduos urbanos (48%), quando em 2012 apenas 13% não tinham como destino os aterros, revelou hoje a secretária regional da Energia, Ambiente e Turismo
Açores registam redução de resíduos enviados para aterro em 2016

Autor: LUSA/AO online

"Sete das nove ilhas da região promoveram a valorização de mais de metade dos respetivos resíduos urbanos, com o exemplo da ilha das Flores a atingir o pleno da valorização – 100% - e o objetivo de ‘aterro zero’. E, por falar em ‘aterro zero’, são já seis as ilhas que cumprem esse objetivo, com a existência de deposição de resíduos urbanos em aterros controlados, concretamente nas ilhas dos Pico, Terceira e São Miguel”, disse Marta Guerreiro.

A secretária regional falava, na Horta, ilha do Faial, numa conferência de imprensa de apresentação do relatório de resíduos urbanos relativo a 2016.

Em comparação com 2015, houve um decréscimo de 35,8% na quantidade de resíduos depositados em aterro.

No total, 69 mil toneladas de resíduos urbanos tiveram como destino os aterros e foram enviadas 42,3 mil toneladas para valorização material e orgânica, tendo a incineradora da ilha Terceira tratado cerca de 20,3 mil toneladas.

Segundo Marta Guerreiro, os números registados no ano passado permitem ter uma perspetiva otimista do alcance das metas de reciclagem traçadas pela Comissão Europeia para 2020.

A média regional da taxa de reciclagem em 2016 foi de 35,6%, quando no ano anterior foi de 24,4%, sendo que a meta para 2020 é de 50%.

“Esta evolução registada permite inferir que a região está em condições de cumprir com as metas do Plano Estratégico de Prevenção e Gestão de Resíduos dos Açores (PEPGRA) desde que, até 2020, entrem em funcionamento as infraestruturas previstas para São Miguel”, salientou a governante.

A secretária regional do Ambiente realçou que a reciclagem de resíduos de embalagens provenientes da recolha seletiva foi de 54,7 quilogramas por habitante nos Açores, um número que ficou acima da média nacional de 31 quilogramas por habitante.

“Com esta capitação, os Açores já superaram os 47 quilogramas que constituem o objetivo do país para o ano de 2020”, frisou.

Por outro lado, Marta Guerreiro disse que a produção de resíduos urbanos tem sido inferior às previsões do PEPGRA, acrescentando que há uma tendência de decréscimo da produção de resíduos urbanos em todas as ilhas, com exceção de São Miguel.

“A estagnação verificada em 2016 acontece depois de três anos consecutivos de redução dos quantitativos gerados. Os dados confirmam uma tendência de redução da produção de resíduos urbanos em todas as ilhas, com exceção de São Miguel, sendo que este desvio relativamente à tendência regional poderá ser imputável ao aumento da respetiva população flutuante, em resultado do incremento dos fluxos turísticos naquela ilha, sobretudo no último ano e meio”, adiantou.

No ano em que entrou em vigor a aplicação de uma taxa sobre a disponibilização de sacos de plástico nas superfícies comerciais, tendo-se generalizado a todo o comércio desde abril último, registou-se a retirada do mercado de 12,6 milhões de sacos de plástico em nove meses, segundo o relatório.

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