Açoriano Oriental
Açores querem aumentar de 16 para 18 a idade mínima para o consumo de álcool

O Governo dos Açores quer aumentar de 16 para 18 anos a idade mínima permitida por lei para o consumo de álcool, uma forma de incentivo à "redução da oferta e da procura" nas ilhas.

Açores querem aumentar de 16 para 18 a idade mínima para o consumo de álcool

Autor: Lusa/AO online

O anúncio foi feito esta terça-feira pelo secretário regional da Saúde, Rui Luís, em Angra do Heroísmo, durante a apresentação de um plano de ação para a redução dos problemas ligados ao consumo de álcool, que define metas a atingir na região até 2020.

"Estamos perante uma estratégia regional que, pela primeira vez, intervém em dois circuitos essenciais, o da venda e o da compra de bebidas alcoólicas e, por isso, estamos confiantes nos resultados", adiantou o governante, em conferência de imprensa.

Segundo explicou, além da alteração da idade mínima para a venda e consumo de álcool, o plano prevê ainda mudanças ao nível do licenciamento de bares e em festivais, no sentido de serem introduzidas "boas práticas de comercialização" de bebidas alcoólicas a crianças e jovens.

A par destas medidas, que incluem também ações de formação para profissionais e ações de sensibilização para a população, está também prevista a realização de um Fórum Regional do Álcool e Saúde, que abrange as áreas da prevenção, dissuasão e minimização do consumo, tratamento e reinserção.

A diretora regional de Prevenção e Combate às Dependências, Suzete Frias, que também esteve presente na conferência de imprensa, anunciou que outro dos objetivos do plano é diminuir o número de mortes nas estradas açorianas, devido o consumo excessivo de álcool.

"Pretendemos, em três anos, reduzir as prevalências de consumo nas crianças e jovens, diminuir o número de condutores mortos em acidentes de viação por via do consumo e reduzir a taxa de potenciais anos de vida perdidos devido ao álcool", apontou Suzete Frias.

As medidas agora anunciadas surgem na sequência de um relatório do Serviço de Intervenção em Comportamentos Aditivos e Dependências, relativo a 2015, que indica que existem "heterogeneidades regionais" entre o continente e as regiões autónomas, em matéria de consumo de álcool e das suas consequências na saúde.


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