Açoriano Oriental
Açores e Madeira acordam princípio de reciprocidade dos serviços regionais de saúde
Os governos dos Açores e da Madeira chegaram hoje a acordo para a reciprocidade nos serviços regionais de Saúde, o que vai permitir que os açorianos atendidos na Madeira não paguem e vice-versa
Açores e Madeira acordam princípio de reciprocidade dos serviços regionais de saúde

Autor: LUSA/AO online

"Era um princípio que cada uma das regiões autónomas já tinha com o Serviço Nacional de Saúde e, de facto, havia essa lacuna de relacionamento entre os dois serviços regionais de Saúde", adiantou, em declarações aos jornalistas, o secretário regional da Saúde dos Açores, Rui Luís, no final de uma reunião com o seu homólogo da Madeira, Pedro Ramos, em Angra do Heroísmo, na ilha Terceira.

Depois de aprovada legislação sobre esta matéria nos dois arquipélagos, será possível que os habitantes dos Açores e da Madeira tenham acesso gratuito aos cuidados de saúde públicos quando se desloquem à outra região, à semelhança do que também já tinha sido acordado para o continente português.

Outra das matérias discutidas na reunião entre os dois governantes foi a possibilidade de troca de cuidados de saúde.

"O nosso objetivo é aprofundar o relacionamento entre os dois serviços regionais para que, efetivamente, possamos ter uma maior deslocação de especialistas entre as duas regiões e que os doentes possam, em caso de necessidade, deslocar-se de uma região para a outra", salientou Rui Luís.

Por sua vez, o secretário regional da Saúde da Madeira disse que há áreas em que as duas regiões podem partilhar conhecimentos.

"Se nós temos problemas menores sob o ponto de vista da dispersão geográfica, de facto, podemos aprender com a realidade da Região Autónoma dos Açores, porque a sua dispersão traz problemas acrescidos e, naturalmente, as soluções encontradas serão objeto de análise da nossa parte no sentido de as poder aplicar", referiu.

Segundo Pedro Ramos, a Madeira pode, em contrapartida, colaborar com os Açores na área da Proteção Civil, nomeadamente na resposta em caso de catástrofe, tendo em conta a experiência que tem nesta matéria.

"Essa é uma área em que, infelizmente, a Madeira teve de atingir alguma notoriedade e alguma experiência, porque nos últimos sete anos fomos fustigados por atentados naturais", acrescentou.

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