Autor: Lusa/Açoriano Oriental
“A empresa pediu uma prorrogação do de 90 dias para conclusão do projeto e foi considerada. Até ao final do mês de abril vai-nos ser entregue a proposta do plano para análise interna”, afirmou à agência Lusa o diretor regional do Ambiente, Hernâni Jorge, estimando que “lá para meados de junho haja condições de ter o projeto final, para que se possa iniciar a consulta pública em junho ou julho”.
Segundo disse Hernâni Jorge, a proposta de plano está a ser elaborada por um consórcio liderado por uma empresa do continente e representa uma investimento da região de 500 mil euros.
A decisão do Governo Regional de elaborar uma estratégia para fazer face às alterações climáticas foi tomada em maio de 2014.
O diretor regional do Ambiente referiu que empresa que lidera a realização de uma proposta de plano justificou o pedido de prorrogação do prazo “com a dificuldade em obter algumas informações, alguns dados e atrasos também no trabalho destes mesmos dados”.
Hernâni Jorge destacou que o Plano Regional para as Alterações Climáticas, que deverá ser apresentado ao parlamento para análise e votação a partir de setembro, tem “uma dupla componente” e é “um documento bastante completo e ambicioso”.
“Tem uma componente de mitigação, que visa acompanhar as fontes de emissão de gases poluentes na região. Estabelece também à partida uma conjunto de cenários e projeções climáticas num horizonte de médio e longo prazo e tem, ainda, uma componente de adaptação aos efeitos das alterações climáticas, com medidas e ações concretas”, revelou o diretor regional do Ambiente.
O aumento da temperatura e a diminuição da precipitação são as duas principais consequências das alterações climáticas registadas nos Açores nas últimas décadas, disse a meteorologista Fernanda Carvalho, do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
“A tendência é para temperaturas mais altas, menos precipitação e também fenómenos climáticos mais intensos”, afirmou Fernanda Carvalho, acrescentando que “as estações do ano também sofreram alterações desde 1948, estando os invernos mais quentes em cerca de 0,4 graus Celsius”.