Açoriano Oriental
Açores destacam visão do biólogo sobre potencialidades do mar da região
O presidente do Governo dos Açores destacou a visão que o especialista em oceanografia Mário Ruivo, hoje falecido, "sempre demonstrou acerca das potencialidades do mar dos Açores para a projeção estratégica da região e do país".

Autor: Lusa/Açoriano Oriental

"O professor doutor Mário Ruivo tinha uma ligação especial com a região por via da defesa da investigação científica ligada ao mar, em especial ao mar profundo, que se faz a partir dos Açores", afirma Vasco Cordeiro, numa nota de imprensa do executivo regional, na qual manifesta pesar pelo falecimento do investigador universitário.

O biólogo e especialista em oceanografia Mário Ruivo morreu em Lisboa, aos 89 anos, confirmaram à agência Lusa fontes oficiais do Ministério do Ambiente e do Conselho Nacional do Ambiente.

Vasco Cordeiro realça, também, que Mário Ruivo "manteve, ainda, uma estreita colaboração com as entidades regionais nos assuntos relacionados com o mar e com o desenvolvimento sustentável".

"Mário Ruivo, Doutor Honoris Causa em Ciências do Mar pela Universidade dos Açores, mereceu o reconhecimento da região pelo seu trabalho em defesa e valorização ambiental do mar, através da atribuição, em 2013, da Insígnia Autonómica de Reconhecimento", adianta a mesma nota.

Biólogo formado pela Universidade de Lisboa, Mário Ruivo especializou-se em Oceanografia Biológica e Gestão dos Recursos Vivos na Universidade de Paris -- Sorbonne.

Considerado um cientista e político pioneiro na defesa dos oceanos e no lançamento das temáticas ambientais em Portugal, Mário Ruivo esteve ainda ligado a movimentos antifascistas, desde a sua juventude até abril de 1974.

Mário Ruivo foi presidente da Comissão Oceanográfica Intersectorial do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável e presidente do Comité para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO.

Entre 1995 e 1998 foi coordenador da comissão mundial independente para os oceanos e ainda conselheiro científico da Expo'98.

Entre outros cargos foi ministro dos Negócios Estrangeiros em 1974-75, secretário de Estado das Pescas, diretor-geral dos Recursos Aquáticos e Ambiente do Ministério da Agricultura e Pescas (1975-1979) e presidente da Comissão Nacional para o Fundo das Nações Unidas para a Agricultura (1974-1979).

Foi agraciado com vários galardões, como a Grã-Cruz da Ordem Nacional de Mérito Científico (Brasil), Grã-Cruz da Ordem de Mérito (Portugal), Grande Oficial da Ordem Militar de Santiago de Espada (Portugal) ou Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (Portugal).

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