Açoriano Oriental
Açores com 117 lugares para médicos através de incentivos em 2016, apenas dois atribuídos
A Secretaria Regional da Saúde dos Açores disponibilizou este ano um total de 117 lugares para médicos através de incentivos, mas, até ao momento, apenas dois foram atribuídos, revelou hoje à agência Lusa a tutela
Açores com 117 lugares para médicos através de incentivos em 2016, apenas dois atribuídos

Autor: LUSA/AO online

Segundo informação da secretaria, “para 2016, foram disponibilizadas um total de 117 quotas a atribuir em todas as unidades de saúde e hospitais da Região Autónoma dos Açores”.

“Até ao momento, existem dois incentivos atribuídos, um no hospital do Divino Espírito Santo (Ponta Delgada), na área de psiquiatria, e um na unidade de saúde da ilha do Pico em medicina geral e familiar”.

Segundo a secretaria, encontram-se “três processos ainda a decorrer para averiguação se os respetivos médicos reúnem os requisitos para o efeito”.

No início de 2014, os Açores criaram novos incentivos para captar médicos para a região, que passaram a abranger clínicos de todas as especialidades em falta nas ilhas e previam valores de 1.500 euros mensais no primeiro ano.

O diploma contempla o pagamento de 1.500 euros mensais de incentivos a cada médico durante o primeiro ano que passar nos Açores, 750 euros por mês no segundo ano e 500 euros no terceiro, revela um comunicado emitido na ocasião pela Secretaria Regional da Saúde.

"O diploma obriga unicamente que permaneçam em serviço na região por um período de cinco anos", adiantou o comunicado.

Por outro lado, os novos incentivos são destinados não só médicos de medicina geral e familiar, como acontecia até então, mas também a especialidades que “sejam consideradas carenciadas” pelos três hospitais dos Açores, Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta.

De acordo com a informação hoje disponibilizada pela secretaria, em 2014 foram atribuídos três incentivos, “dois em Santa Maria na área de medicina geral e familiar, e um na unidade de saúde da ilha de São Miguel, para saúde pública”.

Já em 2015, “foram atribuídos dez incentivos”, quatro no hospital de Ponta Delgada (cirurgia geral, hematologia clínica, medicina física e reabilitação, e otorrino), um no hospital Santo Espírito na ilha Terceira (patologia clínica) e um no hospital da Horta (medicina interna).

Acrescem mais três incentivos na unidade de saúde de ilha de São Miguel, sendo dois em medicina geral e familiar e outro em saúde pública, e um em São Jorge, também em medicina geral e familiar.

À agência Lusa, o secretário regional da Saúde, Luís Cabral, afirmou que este sistema de incentivos “surtiu efeito”, exemplificando que, por exemplo, na ilha de Santa Maria, conseguiu-se fixar dois médicos de medicina geral e familiar.

“Idealmente gostaríamos de ter números mais elevados, de ter todos os quadros preenchidos”, declarou o governante, considerando que “todos os médicos que vierem ao abrigo deste sistema é sempre positivo, porque preenchem necessidades do Serviço Regional de Saúde”.

Luís Cabral referiu, por outro lado que “o ritmo de formação tem sido cada vez maior” e “os recém-licenciados em medicina estão agora a chegar às especialidades”, pelo que vai “haver uma saída em massa” destes profissionais e “não será necessário ter incentivos tão apelativos”.

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