Açoriano Oriental
"A IoT encontra-se, do ponto de vista de regulação, num estado inicial de desenvolvimento"
Mário Peres , IoT Country Manager da Vodafone, falou, a propósito da Internet das Coisas, e em entrevista ao Açoriano Oriental, acerca da polémica questão da privacidade num mundo em que tudo está ligado.
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Autor: Rodrigo Tavares

 

Objetos inteligentes abrem um mundo de possibilidades, mas o que é que acontece à privacidade num mundo em que tudo está conectado?

Apesar de ser já uma realidade, a IoT encontra-se, do ponto de vista de regulação, num estado inicial de desenvolvimento, não existindo ainda padrões globais que garantam a implementação de princípios eficazes de privacidade em ambientes inteligentes. Iniciativas de padronização global da proteção da privacidade são importantes para a consolidação desta tecnologia, e podem passar pela criação de códigos de conduta que contenham regras de boas práticas e pelo estabelecimento de procedimentos de controlo interno.

Parece ser consensual que os benefícios e as vantagens associados ao IoT vão superar eventuais fragilidades que esta tecnologia aporte, (...) e acreditamos também que o cidadão, enquanto decisor cada vez mais consciente dos riscos e das vantagens das suas opções tecnológicas, acabará por conseguir reduzir senão eliminar os riscos sugeridos.

Mas não estamos sujeitos a um controlo constante? Se os objetos começam a aprender os nossos padrões de comportamento, as empresas que vendem esses mesmos objetos terão, à partida, acesso a essa mesma informação.

Acreditamos que a questão não se coloca exatamente nesses termos, já que é importante realçar que as soluções IoT pretendem dar resposta a diversos desafios, consoante o público-alvo a que se destinam. A título de exemplo, uma smart City é uma área urbana que promove o desenvolvimento sustentável e a qualidade de vida dos seus cidadãos, através da utilização de tecnologias que permitam ajudar-nos a tornar a sociedade mais participativa e inclusiva e a gerir e tratar melhor os recursos que temos disponíveis e que, sabemos, não serem inesgotáveis como sejam a água, o ar, o ordenamento do território, a energia, evitando assim comprometer a sustentabilidade do meio ambiente. Já ao nível das organizações, empresas ou Estado, as soluções têm como objetivo garantir a eficiência operacional, a otimização de recursos e diminuição de custos, o incremento de receitas, o aumento da segurança, entre outras vantagens, assegurando a necessária competitividade a essas organizações.

Estamos ou não preparados para receber a IoT num momento em que permanecem sobre a mesa questões de conectividade mais “primárias”, entre elas a exclusão digital e a falta de um serviço universal de comunicações eletrónicas moldado à realidade atual?

Portugal está na linha da frente da revolução digital, quer pelas infraestruturas, altamente avançadas, quer pela qualidade dos recursos, que estão ao nível do que de melhor se faz pelo mundo. E a Vodafone Portugal em muito tem contribuído para esta realidade, desenvolvendo e melhorando as suas redes móveis e fixas e lançando soluções, muitas vezes pioneiras que empregam a mais avançada tecnologia, para ajudarem os setores público e privado a estarem preparadas e a encarar com otimismo os desafios do futuro.

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