Açoriano Oriental
"A compressão do prazo de venda é estranha porque é súbita"
A ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque admitiu hoje que estranhou a compressão do prazo dado por Bruxelas para a venda do Banif, já que Governo trabalhava no sentido de vender o banco até março de 2016.
"A compressão do prazo de venda é estranha porque é súbita"

Autor: Lusa/AO Online

"Eu não quero fazer especulações sobre a compressão do prazo. A compressão do prazo é estranha porque é súbita", afirmou a responsável durante a sua audição na comissão parlamentar de inquérito ao Banif.

Isto, depois de questionada pelo deputado João Galamba, do PS, sobre a imposição de Bruxelas para que a venda do banco acontecesse até ao final do ano passado.

"As cartas até pouco dias antes [de 12 de novembro] diziam [que a venda devia ocorrer] com a maior brevidade possível. Este prazo aparece de repente, aparece numa altura em que a DG Comp [Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia] terá (não sei se posso dizer assim) tomado consciência da mudança das regras. Enfim, terá entendido que esse prazo passava a ser relevante", sublinhou.

"Devem ser essas entidades a explicar" a decisão de encurtar o prazo concedido para a alienação do Banif, atirou, depois de já ter considerado que o anterior prazo (até ao final do primeiro trimestre deste ano) era "confortável".

De resto, Maria Luís admitiu ter sido "completamente apanhada de surpresa pela compressão do calendário", numa altura em que o então governo de Passos Coelho já estava em gestão, depois de ter sido derrubado pelos partidos de esquerda no parlamento.

"Quando deixei o governo nada faria prever um desfecho com este custo para os contribuintes", afirmou.

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