Autor: Hélder Blayer
Em comunicado hoje divulgado, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) afirmou que o mais recente estudo realizado por especialistas da organização concluiu que a causa do fracasso se deve "a excessivas quotas de pesca, a uma frota de pesca desmesurada e a uma deficiente gestão do sector pesqueiro".
"Em 2002, a UE propôs-se melhorar claramente a situação do bacalhau, atum e de outras espécies, mas cinco anos depois de Bruxelas ter reformado a política europeia de pesca verifica-se o contrario. Os interesses nacionais e económicos a curto prazo impedem que se acabe com a exploração dos oceanos", lê-se no comunicado da organização ecologista.
Com vista ao iminente estabelecimento de novas quotas pesqueiras pela UE, o WWF expressou-se ainda preocupado com a distribuição das licenças, sublinhando que "isto poderá agravar ainda mais o problema", num sector que emprega cerca de 230.000 pessoas.
De acordo dados da organização, 90.000 embarcações pesqueiras de todos os Estados-membros da UE pescam anualmente cerca de sete milhões de toneladas de peixe, sobretudo no Atlântico e no mar Mediterrâneo.
No documento divulgado, o WWF considera ainda que a UE "ignora" as quotas de pesca determinadas pelo Conselho Internacional para a Investigação do Mar (ICES), "como acontece no caso do bacalhau e do abadejo no mar do Norte e mar Báltico, onde ainda são concedidas licenças de pesca, apesar da crítica situação [dessas espécies]".
Na origem destas declarações está a actual polémica originada pela pesca ilegal do abadejo nessa região, que de acordo com o Fundo, "é realizada sistematicamente por pescadores polacos".
"No mar impera a lei do Velho Oeste, uma vez que a pesca ilegal é considerada por muitos como um delito de cavalheiros, os controlos são feitos a meio gás e as sanções são ridículas", sublinhou a organização.
De acordo com o WWF, a situação do atum vermelho no mediterrâneo "é similar", reconhecendo, no entanto, que a UE tem vindo a iniciar procedimentos legais contra sete países que não tinham declarado as suas capturas.
"Em 2002, a UE propôs-se melhorar claramente a situação do bacalhau, atum e de outras espécies, mas cinco anos depois de Bruxelas ter reformado a política europeia de pesca verifica-se o contrario. Os interesses nacionais e económicos a curto prazo impedem que se acabe com a exploração dos oceanos", lê-se no comunicado da organização ecologista.
Com vista ao iminente estabelecimento de novas quotas pesqueiras pela UE, o WWF expressou-se ainda preocupado com a distribuição das licenças, sublinhando que "isto poderá agravar ainda mais o problema", num sector que emprega cerca de 230.000 pessoas.
De acordo dados da organização, 90.000 embarcações pesqueiras de todos os Estados-membros da UE pescam anualmente cerca de sete milhões de toneladas de peixe, sobretudo no Atlântico e no mar Mediterrâneo.
No documento divulgado, o WWF considera ainda que a UE "ignora" as quotas de pesca determinadas pelo Conselho Internacional para a Investigação do Mar (ICES), "como acontece no caso do bacalhau e do abadejo no mar do Norte e mar Báltico, onde ainda são concedidas licenças de pesca, apesar da crítica situação [dessas espécies]".
Na origem destas declarações está a actual polémica originada pela pesca ilegal do abadejo nessa região, que de acordo com o Fundo, "é realizada sistematicamente por pescadores polacos".
"No mar impera a lei do Velho Oeste, uma vez que a pesca ilegal é considerada por muitos como um delito de cavalheiros, os controlos são feitos a meio gás e as sanções são ridículas", sublinhou a organização.
De acordo com o WWF, a situação do atum vermelho no mediterrâneo "é similar", reconhecendo, no entanto, que a UE tem vindo a iniciar procedimentos legais contra sete países que não tinham declarado as suas capturas.