Açoriano Oriental
Pós-crise e desenvolvimento
 Falar de um cenário pós-crise nesta altura turbulenta é um pouco como fazer futurologia, mas certo é que, no caso dos Açores, as opções de desenvolvimento são escassas e limitadas a 4 ou 5 eixos: agropecuária, com a fileira do leite; pescas, nomeadamente os recursos de profundidade; energia, com a geotermia; turismo, baseado nas belezas naturais e num ambiente preservado; e posição estratégica, espécie de ponto de apoio entre a Europa e a América.
Pós-crise e desenvolvimento

Autor: Vasco Garcia
Na agropecuária, há que mudar de rumo e adaptar a produção de leite à capacidade de carga do ecossistema pastagem. Vai haver choro e ranger de dentes, mas é a única via para se ter a etiqueta ecológica e mercado exterior assegurado.
Nas pescas, os velhos métodos e o barquinho de boca aberta terão de ser para turista; o mar profundo e os seus valiosos recursos exigem tecnologia e preparação técnico-profissional.
Na energia, fica-se perplexo perante o atraso que a exploração da geotermia ainda tem, porque é o minipetróleo dos Açores. 
O turismo terá de se virar cada vez mais para a natureza e o património natural, uma riqueza a defender a todo o custo.
Na estratégia atlântica, a ligação privilegiada aos Estados Unidos e Canadá deve ser alvo de investimento dirigido, usando-se a Universidade como arma de eleição, com o objectivo  de criar nos Açores pólos internacionais de investigação em áreas onde temos tudo à mão: o mar, a vulcanologia e ciências correlacionadas, a climatologia e todos os aspectos modernos da investigação insular oceânica.
Preparando programas sólidos nestes sectores, quando a tempestade passar teremos meio caminho andado. Tudo esperando que os milhões que vêm da República e da União Europeia continuem a fluir…
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