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Louçã diz que "começa novo dia para a esquerda"
Francisco Louçã (BE) afirmou que com o resultado eleitoral deste domingo “começa um novo dia para a esquerda”, sublinhando que o seu partido se baterá no Parlamento pela reforma da educação, da Segurança Social e pelo imposto sobre grandes fortunas.
Louçã diz que "começa novo dia para a esquerda"

Autor: Lusa / AO online
Discursando na Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, escolhida pelo BE como ‘sede’ para a noite eleitoral, o dirigente partidário vincou o “resultado extraordinário” do partido, com uma subida de “mais de 200 mil votos em relação à última votação”: “Não há nenhum partido que tenha subido tanto em termos percentuais”.

Louçã congratulou-se pela derrota da “arrogância e do absolutismo da maioria absoluta do PS” e reiterou que “na segunda-feira” os bloquistas continuam com “as mesmas prioridades” com que se comprometeram.

“Não voltará a ser possível ao PS procurar impor um sistema de Segurança Social que degrada as pensões dos portugueses sem saber que tem pela sua frente uma esquerda muito mais forte, muito capaz e muito mais representativa”, disse.

Em seguida, Francisco Louçã apontou a reconstituição de “um sistema de protecção social que responde aos desempregados” como prioridade para quando se iniciarem os trabalhos parlamentares e deixou mais um ‘ataque’ aos titulares das pastas da Educação e do Trabalho e Solidariedade Social.

“Hoje à noite, o PS clama vitória apesar de ter perdido tantos votos, tanta percentagem e a maioria absoluta. Hoje à noite, Maria de Lurdes Rodrigues perdeu o seu lugar no Governo perante o país e eu dou os parabéns aos professores que ganharam em nome da educação”, afirmou Louçã, perante os aplausos dos apoiantes que encheram por completo a sala da faculdade de Medicina Dentária.

“Há dois dias o ministro Vieira da Silva chamou ao BE ‘roupa velha’. Gostava de saber o que é que o ministro do Trabalho diz agora”, lançou, em tom de desafio.

O líder do BE referiu que com mais “força” haverá também mais “diálogo”, mas assegurou que o seu partido estará “na oposição como sempre esteve, a todas as políticas que privatizam e que destroem o bem público”.

“Com estes objectivos, com este reforço extraordinário, começa um novo dia para a esquerda portuguesa, nada será como dantes”, concluiu.
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