Açoriano Oriental
Legislativas 2009
Renovação nas listas vai ter de esperar
PSD e PS resolveram manter nos dois primeiros lugares das suas listas os mesmos candidatos de há quatro anos
Renovação nas listas vai ter de esperar

Autor: Paulo Faustino
O círculo eleitoral dos Açores, com cerca de 190 mil votantes, elege cinco deputados, com o PS e PSD a elegerem tradicionalmente dois cada e a disputarem o terceiro.

Esse pressuposto prevalece nas próximas eleições nacionais.

Porém, com uma consequência: se os resultados do dia 27 de Setembro não sofrerem grandes alterações relativamente há quatro anos, praticamente não haverá renovação nos lugares reservados aos senadores açorianos.

A razão é fácil de perceber: as candidaturas do PS e do PSD mantiveram nos dois primeiros lugares das suas listas – os mais elegíveis – os seus actuais deputados em São Bento. No caso do PS, Ricardo Rodrigues e Fagundes Duarte, no caso do PSD, Mota Amaral e Joaquim Ponte.

Na lista dos dois maiores partidos, as novidades acabam por estar nos terceiros candidatos (Luísa Santos do lado do PS e Lídia Bulcão no do PSD, ambas do Faial).

Curioso é que, apesar dos dois primeiros candidatos transitarem da legislatura que agora termina, o PS já assumiu que 80% da sua lista foi renovada, tendo em conta as restantes caras novas que dela constam. Mesmo sem possibilidade eleição. De uma forma ou de outra, uma coisa parece clara nas opções feitas pelos dois maiores partidos: privilegiaram a experiência e o peso político dos seus primeiros candidatos. É preciso não esquecer que no vasto e rico currículo de Mota Amaral, além de ter sido presidente do Governo Regional durante 19 anos, foi presidente da Assembleia da República entre 2002 e 2005. Ricardo Rodrigues também se afirma como uma figura em ascensão no PS.
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