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Consórcio da FCC apresenta proposta mais barata para troço Lisboa/Poceirão, de 1,87 mil ME
Os três consórcios com propostas para construção do troço Lisboa/Poceirão da rede de Alta Velocidade apresentaram projectos com custos de construção entre 1,87 mil milhões de euros, do consórcio liderado pela FCC, e os 2,31 mil milhões de euros.

Autor: Lusa/AO Online


O consórcio Tave Tejo, dos espanhóis da Fomento Construcciones e Contratas (FCC) apresentou a proposta mais barata, com um custo total, a preços de Janeiro, de 1,87 mil milhões de euros.

Este é o valor total proposto das obras a construir (a preços de Janeiro de 2009), incluindo expropriações, equipamentos, projectos, fiscalização e gestão, não incluindo IVA.

Já o custo médio anual de manutenção, incluindo conservação corrente, grandes reparações, renovações, monitorização e gestão, sem IVA, apresentado pela Tave Tejo é de 10.738.827 euros.

Além da construtora espanhola FCC e da portuguesa Ramalho Rosa-Cobetar, o consórcio Tave Tejo inclui os italianos da Impregilo e da Cimolai, bem como a portuguesa Conduril e a sociedade gestora de participações sociais EHST - European High Speed Trains.

Como financiadores, a Tave Tejo tem entidades financeiras como o Bank of Scotland, o grupo australiano Macquarie, os grupos bancários ABN AMRO e HSBC, bem como o Banco Europeu de Investimento, disse fonte da Ramalho Rosa à agência Lusa.

A proposta seguinte em termos de preço é a do consórcio Altavia, com custo total de 2,198 mil milhões de euros e custo médio de manutenção anual de 12,204 milhões de euros.

A Mota-Engil lidera o consórcio Altavia-Alentejo, que integra também a Somague, a Teixeira Duarte, a MSF, a Opway, a Esconcessões, a francesa Vinci, o BPI, BES, o banco Invest e Alves Ribeiro - Consultoria de Gestão.

O consórcio da Mota-Engil foi o único que apresentou uma proposta em que a terceira ponte sobre o Tejo apresenta uma variante (admitidas pelas normas do concurso) na sua construção.

Nesta variante, a ponte tem dois tabuleiros sobrepostos até 1,5 quilómetros à saída da margem norte e depois os dois tabuleiros passam a correr paralelos um ao outro até chegarem à margem sul.

Para esta variante o consórcio Altavia prevê um valor global de 2,166 mil milhões de euros e um custo anual de 11,198 milhões de euros.

O terceiro consórcio é a ELOS, que apresentou um projecto com custo total de construção, concessão e exploração de 2,31 mil milhões de euros e custo de manutenção anual, incluindo grandes reparações, de 12,474 milhões de euros.

A Soares da Costa e a Brisa lideram o consórcio Elos - Ligações de Alta Velocidade, do qual fazem também parte a Iridium Concesiones de Infraestructuras, do grupo espanhol ACS, Lena, Bento Pedroso, Edifer, Zagope, a norte-americana Babcock & Brown Limited, o BCP e a Caixa Geral de Depósitos.

O troço Lisboa/Poceirão (segundo concurso do projecto) representa um investimento global de cerca de 1,9 mil milhões de euros, integrando a construção da terceira travessia sobre o Tejo, que ligará Chelas ao Barreiro.

De acordo com Carlos Fernandes, da RAVE, até ao final do ano ficar-se-á a conhecer quais os dois consórcios que passarão a uma "short-list". Depois, explicou, entra-se numa fase de negociação com os dois apurados, prevendo-se que o júri do concurso escolha um candidato no segundo trimestre de 2010.

Já a assinatura do contrato está prevista, segundo a mesma fonte, para o terceiro trimestre de 2010.

 


 
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