Açoriano Oriental
Jornal de Campanha
Sócrates estende a mão a César em nome da maioria absoluta
O líder nacional do PS está de volta aos comícios nos Açores. Para assegurar que os objectivos regional e nacional do partido se concretizem. É que Sócrates tem o seu grande teste já no próximo ano. Enquanto isso, há que combater a abstenção, o grande inimigo para alcançar a maioria absoluta
Sócrates estende a mão a César em nome da maioria absoluta

Autor: João Alberto Medeiros
Carlos César recebe hoje, em Ponta Delgada, um convidado especial, José Sócrates, que vem dar uma mão ao PS dos Açores.
 Vão estar ambos num jantar-comício, nas Portas da Cidade, onde o líder regional socialista deverá apelar, de novo, ao voto, receando que a maioria absoluta seja ameaçada por uma elevada abstenção.
Não é a primeira vez que Sócrates se desloca em campanha aos Açores, uma vez que esteve na semana transacta, na Praia da Vitória.
Tudo a um ano das legislativas nacionais, onde o líder nacional do PS deverá pedir uma nova maioria absoluta,  já com uma eventual vitória rosa nos Açores.
Sócrates sabe que uma vitória nos Açores constitui uma das peças do “puzzle”  que é o seu futuro político.
Entretanto, enquanto César regressou na noite de quarta-feira a São Jorge, José Contente , na mesma noite, em Rabo de Peixe, referiu que o PS “rompeu com o ciclo de pobreza” naquela vila.
Num comício, Contente revelou que na próxima legislatura, se o PS  for de novo Governo, vai continuar a proceder à renovação da frota pesqueira, bem como à política habitacional  adoptada.
“A mudança aconteceu, mas queremos mais, queremos ir à  frente do tempo”, disse.
Piedade Lalanda lembrou a obra feita ao abrigo do fundo EFTA, um projecto que, na sua leitura, surgiu na sequência da articulação das vontades políticas da Câmara Municipal da Ribeira Grande, Governo dos Açores e da República.
Ontem, na ilha de São Miguel, o PS escolheu a Vila Franca do Campo, de Rui Melo, para contactos de rua. E ficou-se a saber que não é só a Câmara Municipal de Vila Franca do Campo que apresenta singularidades, como é o caso do relacionamento político de Rui Melo com Carlos César.
A vilafranquense Maria de Medeiros e o seu marido bem podem constituir um exemplo a seguir. Ela vota no PS  e ele no PSD. O filho também vota laranja, como o pai, enquanto a filha é rosa. Ela é do Benfica e ele do Sporting. Ela foi presidente da Banda Lealdade, da Freguesia de São Miguel, em Vila Franca do Campo, sendo ele agora que assegura aquelas funções.
Vivem em plena convivência democrática e bem, segundo Maria de Medeiros, que está casada há 23 anos e pretende repetir, pelo menos mais 23.
Foi com este e outros cenários que a candidata do PS por São Miguel, Ana Paula Marques, lá foi ao encontro do eleitorado.
Mais do que apelar à votação  no PS, Ana Paula Marques apelou sim ao voto nas eleições, como que a temer por uma elevada abstenção que condicione o resultado do PS. E tinha razões para preocupações: “não vale a pena distribuir panfletos, senhora, isto é tudo PS”, refere um popular.
Outro popular confrontado sobre o seu sentido de voto, pelo jornalista, responde que “não é preciso dizer, temos sempre o mesmo. Deixa estar como está, estamos bem”. Outro simpatizante considera que a obra na vila tem sido bem feita, enquanto um jovem casal interrompe a troca de beijos para manifestar o voto  no PSD.
Mas também há aqueles que manifestam o seu desagrado: “eu já botei voto para este presidente entrar e quando precisei dele nunca fui servido”. O colega responde, na presença da caravana socialista, que “esse homem (Carlos César) merece tudo e mais alguma coisa”.
E a troca de mimos lá continuou, enquanto os candidatos seguiram o seu rumo.
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