Açoriano Oriental
Jornal de campanha
"Açores estão a passar ao lado da crise graças ao PS"
Carlos César reivindicou em Santa Maria o mérito pelo facto da crise financeira internacional que assola o globo não ter atingido os açorianos. O PSD  voltou a ser o alvo privilegiado do líder do PS em terreno rosa. Os governos laranja “perderam” quatro mil postos de trabalho nos últimos dez anos
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Autor: João Alberto Medeiros
Carlos César jogou terça-feira à noite em casa,em Santa Maria, ilha que está para o PS como São Jorge para o PSD em termos de expressão eleitoral.
Nas últimas legislativas regionais, o PS obteve 68,8 por cento dos votos expressos contra os 25,5 por cento da coligação liderada por Victor Cruz.
Em Vila do Porto, em mais um jantar-comício, Carlos César chamou ao Governo o mérito dos Açores se colocarem fora da crise nacional e internacional que assola o globo.
“ Os Açores estão a passar ao lado da crise que afectou o país, bem como da crise internacional que afecta países poderosos como França, Alemanha ou Espanha mercê das políticas em devido tempo adoptadas pelo Governo do Partido Socialista” - declarou o presidente socialista.
Na mesma noite, em Ponta Delgada, a líder do PSD de São Miguel, Berta Cabral, aludindo à crise financeira internacional, considerava que “a crise está aí e não vale a pena o Governo assobiar para o lado e fazer de conta”.
Carlos César como que respondeu às suas palavras, referindo que o mérito de se escapar à crise nos Açores “é algo que não há oposição que nos retire”.
De acordo com fonte socialista PS, cerca de trezentos militantes e simpatizantes estavam presentes no jantar-comício realizado em Vila do Porto.
Carlos César aproveitou  a noite para elogiar “a forma como os militantes socialistas marienses têm conduzido a sua acção política na ilha, conquistando sucessivas vitórias eleitorais há mais de vinte anos”.
Aludindo especificamente à campanha eleitoral em curso, o presidente do PS/Açores confessou que ”havia muito para dizer sobre a falta de sensatez, a demagogia que se ouve, quase todos os dias, de tantos partidos políticos”.
César referiu ainda a “deselegância que é usada no debate político, a falta de ideias, muitas vezes a falta de verdade e, até, uma ânsia destrutiva que parece trespassar toda a oposição”.
O líder socialista açoriano considera que as legislativas regionais de 19 de Outubro “influenciarão, uma vez mais, a nossa vida em aspectos que constituem interrogações para o futuro”, como é caso do emprego.
E voltou a recorrer aos governos sociais-democratas para usar o termo de comparação. Na sua leitura perderam-se 4000 postos de trabalhos nos últimos dez anos de governação do PSD.
Contrariamente, o PS criou 10000 novos empregos, o que revela que “nós somos a certeza de que continuamos para a frente”, enquanto o PSD “é a proposta de voltar para trás”.
“Eu consigo fazer um discurso falando minutos e minutos e minutos sobre o que pretendo fazer. Outros líderes políticos, como o líder do principal partido da oposição, conseguem fazer um discurso de minutos e minutos e minutos – e até de horas –, mas só falando mal do Governo” - declarou.
 Para Carlos César “esta deve ser uma diferença a ser retida pelos açorianos, na sua opção de voto nestas eleições”.
Carlos César tem vindo a promover um périplo pelas diferentes ilhas dos Açores, tendo estado ontem à noite de novo em São Jorge, onde pretende ganhar pela primeira vez desde que o PS é governo.
Durante os três primeiros actos eleitorais em que surgiu como líder do PS/Açores, a vitória fugiu-lhe sempre.
Resta saber o que lhe reserva o dia 19 de Outubro naquela ilha laranja.
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