Açoriano Oriental
De Ponta Delgada à Lagoa do Fogo
A partida começa em Ponta Delgada, cuja passagem pela cidade nos mostra uma história do século XVI.
De Ponta Delgada à Lagoa do Fogo

Autor: Tânia Silva
Ao passar pela cidade, nesta altura do ano, a atenção volta-se para os vistosos preparativos das tradicionais Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres, que enfeitam o Convento de Nossa Senhora da Esperança (edificado na primeira metade do século XVI).
Mais à frente temos as Portas da Cidade, de onde ressalta o contraste entre o branco das paredes e os pormenores em basalto... e a Estátua de Gonçalo Velho Cabral.
A primeira paragem é nos Ananases da Fajã de Baixo, no concelho de Ponta Delgada, onde podemos ver todas as fases da cultura deste fruto em estufas de vidro - típica de São Miguel e única no mundo.
Originário da América Central e do Sul, em meados do século XIX, o ananás dos Açores (Ananás Sativus, Lindl) foi introduzido inicialmente como planta ornamental, tornando -se mais tarde num verdadeiro ex-libris regional.
O segundo ponto de paragem é no centro histórico da cidade da Ribeira Grande. Pelo caminho dá-se um “saltinho” para ver as ruínas da torre de controlo do antigo aeroporto de Santana, popularmente conhecido por “aerovacas”.
À chegada à Ribeira Grande podemos admirar a Igreja de Nossa Senhora da Estrela e os Paços do Concelho.
No jardim central podem ser apreciados os majestosos metrosíderos, cuja pertença, em tempos idos, simbolizava “status”.
Mas a Ribeira Grande ostenta também um sem-número de estilos arquitectónicos, incluindo o manuelino. Depois de sair do centro histórico da Ribeira Grande e indo em direcção à Lagoa do Fogo podemos observar a vegetação endémica ao longo de todo o percurso.
Chegados à última paragem podemos admirar a Lagoa do Fogo , onde a água assume diferentes matizes de azul, emoldurados pelas formas irregulares dos rochedos vulcânicos, completamente cobertos de vegetação. ||

Jardim “Maria do Monte” na Fajã de Baixo

Ao visitar os Ananases “A. Arruda - Açores”, na Fajã de Baixo, podemos admirar o Jardim Maria Amélia de Mendonça Machado Rebello Arruda, com o nome “Maria do Monte”.
O Jardim está implantado numa antiga quinta de laranja e começou a tomar forma no final do século XIX, por Augusto Rebello Arruda e a sua mulher, Maria Amélia.
Um lugar dotado de exemplares arbóreos exóticos e raros de onde se destacam, entre outras espécies, uma araucária, uma imponente e centenária “pata de elefante”, uma grande variedade de outras palmeiras, fetos, cameleiras, dragoeiros, bungavílias, entre muitas variedades de plantas, flores árvores e arbustos.
Para além das espécies botânicas o jardim tem um “mirante”, situado no topo de uma zona elevada, de onde se pode desfrutar de uma ampla visão da Fajã de Baixo até aos limites de Ponta Delgada.
Faz parte do Jardim “Maria do Monte” um canil/abrigo para cães abandonados, bem como vários pequenos lagos que em diversas zonas formam espelhos de água calmos e aprazíveis e ainda um “balcão” de onde se pode apreciar toda a extensão deste lugar.
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