Açoriano Oriental
Euro2008
Rússia pela primeira vez nas "meias" com Hiddink como "traidor do ano"
A Rússia apurou-se hoje pela primeira vez na sua história para as meias-finais de um campeonato da Europa de futebol, ao vencer a Holanda, uma das favoritas, por 3-1, após prolongamento, em jogo dos "quartos" do Euro2008
Rússia pela primeira vez nas "meias" com Hiddink como "traidor do ano"

Autor: Lusa/AO online
O médio Andrey Arshavin, com um golo e uma assistência na segunda parte do prolongamento, colocou hoje a Rússia pela primeira vez nas meias-finais do Euro2008 de futebol, na vitória por 3-1 sobre a favorita Holanda.
Num dos encontros mais emocionantes da competição, o jogador do Zenit São Petersburgo assistiu, aos 112 minutos, Torbinski, que colocou a Rússia a vencer, e selou quatro minutos depois o triunfo da formação liderada pelo holandês Guus Hiddink, que assim se tornou no "grande traidor do ano".
O técnico, que orientou a "laranja mecânica" entre 1995 e 1998, tinha dito na véspera que, em caso de vitória da Rússia, não temia ser considerado um traidor e que até estava esperançado em ser considerado o grande traidor do ano.
Depois de uma fase de grupos em que derrotou sem grandes dificuldades a campeã e a vice-campeã do Mundo, Itália e França, respectivamente, a Holanda falhou o acesso as meias-finais de Europeu, algo que já não sucedia desde o Euro96, em Inglaterra.
No estádio St. Jakob-Park, em Basileia, caíram a Holanda e Portugal, as duas selecções que, após os jogos da fase de grupos, eram consideras as favoritas à vitória final no Euro2008.
O encontro marcou igualmente o último jogo de Marco Van Basten como seleccionador holandês, e a despedida do guarda-redes Van der Sar, de 37 anos, que representou a "laranja mecânica" em 129 jogos. 
Nas "meias", os russos defrontam, em Viena, a 26 de Junho, o vencedor do jogo entre a Espanha e a Itália, último encontro dos quartos-de-final, que se realiza domingo.
Em Basileia, a Rússia começou melhor e logo nos primeiros 10 minutos incomodou por duas vezes o guardião Van der Sar, primeiro através de um livre directo de Zhirkov e depois por um cabeceamento do avançado Pavlyuchenko.
A equipa holandesa, que entrou em campo com uma braçadeira negra devido à morte da filha prematura de Boulahrouz, apareceu um pouco apagada e só aos 28 minutos alvejou pela primeira vez a baliza russa, com um remate sem direcção de Engelaar.
Numa altura em que parecia que a Holanda estava finalmente a pegar no jogo, a Rússia voltou a invadir a área laranja, num rápido contra-ataque, que terminou com grande defesa de Van der Sar, que somou o seu 16º jogo em fases finais de Europeus, a remate do rapidíssimo Arshavin.
Aos 37 minutos, Van Nistelrooy protagonizou a melhor oportunidade da primeira parte, quando, perto de linha de golo, falhou por milímetros a bola, após um centro perigoso de Van der Vaart.
No regresso dos balneários, Marco Van Basten apostou em Van Persie, para o lugar de Kuyt, à semelhança do encontro (4-1) com França na fase de grupos, mas a substituição não teve o mesmo efeito do que no jogo com os gauleses e foi mesmo a Rússia a primeira a marcar.
Aos 56 minutos, Pavlyuchenko finalizou com sucesso uma excelente jogada colectiva da formação de Leste e colocou os holandeses à beira da eliminação da prova, após uma fase de grupos em que apenas tinha somado vitórias.
A "laranja mecânica" tremeu, mostrou-se desorganizada, e teve muitas dificuldades em conseguir alcançar a baliza de Akinfeev, enquanto a Rússia apostava em jogadas de contra-ataque, sempre lideradas por Arshavin.
Depois de ter estado perto de sofrer um segundo golo, devido a nova grande jogada colectiva dos russos (70 minutos), a Holanda chegou à igualdade, através de um cabeceamento do goleador Van Nistelrooy (86), que assim fez renascer a esperança "laranja" e enviou o encontro para prolongamento, o segundo do Euro2008.
Com os jogadores de ambas equipas a mostrarem algum cansaço, o encontro ficou mais aberto, com vários remates a sucederem perto das duas áreas, mas foi novamente a Rússia a estar mais perto de marcar, outra vez por Pavlyuchenko, que enviou uma "bomba" à barra da baliza de Van der Sar.
A segunda parte do prolongamento foi toda dominada pela equipa do "traidor" Hiddink que, sem grande surpresa, voltou a facturar, primeiro por Torbinski (112), após grande jogada de Arshavin na esquerda, e depois pelo próprio número "10" da Rússia, que já dentro da área fuzilou Van der Sar e selou a passagem para as "meias".
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