Açoriano Oriental
Zonas balneares excelentes são quase 84% na Europa, Portugal está na média
As zonas balneares europeias com qualidade excelente atingem 83,8% do total das 21.500 controladas, estando Portugal pouco acima da média, com 84,5%, mas com três casos de má qualidade, segundo a Agência Europeia do Ambiente.
Zonas balneares excelentes são quase 84% na Europa, Portugal está na média

Autor: Lusa/AO Online

 

O relatório da entidade europeia (EEA na sigla em inglês), hoje divulgado, baseia-se em amostras recolhidas em 21.582 zonas balneares, da costa e do interior, em 2015, por cada um dos Estados membros da União Europeia (UE), Suíça e Albânia, mas pretende ser indicativo para a situação deste ano.

Os banhistas europeus e os visitantes destas zonas de lazer podem encontrar mais de 90% de águas com excelente qualidade em oito países - Luxemburgo (na totalidade), Chipre, Malta, Grécia, Croácia, Itália, Alemanha e Áustria.

Ao contrário, foram encontradas 385 zonas balneares com má qualidade, embora o seu peso no total tenha caído para 1,6%, quando em 2014 era de 1,9%, um conjunto liderado pela Itália e França, com 95 casos (1,7% e 2,8% do total, respetivamente) e Espanha, com 58 situações (2,6%).

A qualidade melhorou de má para, pelo menos, suficiente em 125 casos - França (32 locais), Itália (24) e Espanha (20), enquanto movimento contrário, de deterioração, sucedeu em 76 situações - França, Espanha, Itália e Holanda.

Itália é o país com o maior número de zonas balneares, atingindo 5.518, e o Luxemburgo com menos, ficando nas 11.

Em Portugal foram controladas 569 zonas balneares, mais que 11 que no ano anterior, e 481 delas apresentavam uma qualidade "excelente", a que se juntam 55 com "boa" e 12 com "suficiente", totalizando 96,3% com nota positiva.

Com "má qualidade" são indicados três locais portugueses (0,5% do total), metade daqueles registados no relatório de 2015, dois deles na Madeira (praia do Gorgulho e Poças do Gomes, no Funchal) e uma no centro do país (Jardim de Oudinot, em Ílhavo).

Para estas praias, a diretiva europeia diz que devem ser avançadas medidas como a proibição de banhos, identificação das causas para a poluição e ações para prevenir, reduzir ou eliminar as causas da contaminação.

O documento da EEA acrescenta ainda que para 18 zonas não foi possível ter a classificação das suas águas.

Em 2015, mais de dois terços das zonas balneares europeias monitorizadas eram praias costeiras, sendo as restantes 31% rios ou lagos.

Em Portugal, as praias de mar são 460, e destas 90% são excelentes e três más, e as zonas internas são 109, das quais 63,3% tiveram a nota máxima.

A EEA recorda que 2015 foi o primeiro ano em que todos os países da UE monitorizaram as zonas balneares, seguindo a diretiva para esta área, com a classificação a depender dos níveis de concentração de enterococos intestinais e a Escherichia coli (E.coli), bactérias que podem indicar a existência de poluição e causar problemas de saúde.

Para o comissário europeu para o Ambiente, Karmenu Vella, a situação atual deve-se a "40 anos de investimentos em infraestruturas para tratar a água e as águas residuais, é um sinal de que a legislação europeia está a resultar e um testemunho de que uma economia altamente desenvolvida pode ter igualmente altos níveis ambientais".

 

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